Na tarde de ontem, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) apresentou um requerimento para retirar sua sigla do chamado “blocão” que vinha reunindo diversas legendas na Câmara dos Deputados. O documento foi protocolado pelo líder do PSB na Casa, Gervásio Maia, representante do estado da Paraíba.
A iniciativa do PSB surge em meio a movimentações políticas que indicam mudanças nos agrupamentos partidários. Conforme informações divulgadas pela Coluna do Estadão, o Partido dos Trabalhadores (PT) estava planejando negociar a formação de um novo grupo para o ano de 2024, possivelmente reunindo partidos considerados mais progressistas, como o PSB e o PDT.
A formação do “blocão” foi uma resposta do Centrão às bancadas do PT e do PL, que detêm as maiores representações na Câmara. Ao unir outras siglas, o Centrão garantia uma maior presença nas bancadas, conferindo prioridade na indicação para comissões e em outras decisões parlamentares.
Inicialmente, a legislatura contemplava um grande bloco composto por MDB, PSB, Republicanos e Podemos, totalizando 144 deputados. Posteriormente, o “blocão” foi formado, reunindo 176 parlamentares de diferentes partidos.
A participação do PSB e do PDT no “blocão” acabava por complicar as relações com o governo. Embora essas siglas sejam alinhadas às agendas propostas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em algumas votações, o antigo líder do PSB na Câmara, Felipe Carreras (PE), precisou orientar votos contrários ao governo no plenário, devido ao seu papel temporário de liderança no “blocão”.
Essa movimentação do PSB evidencia a dinâmica política em constante transformação na Câmara dos Deputados, onde os arranjos de coalizão e alianças partidárias são cruciais para a condução dos trabalhos legislativos.