A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), requerendo acesso aos depoimentos concedidos à Polícia Federal (PF) pelos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior.
Esses depoimentos fazem parte do inquérito que investiga uma possível trama golpista que teria sido planejada no âmbito do governo federal durante a segunda metade de 2022, com o suposto objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito naquele ano.
Os advogados de Bolsonaro solicitaram que os autos do processo sejam atualizados com os “termos de declarações relativos às últimas oitavas realizadas”. Vale ressaltar que, até o momento, tanto Freire Gomes quanto Baptista Júnior foram ouvidos na condição de testemunhas, e a PF não os implicou na suposta trama golpista.
Freire Gomes prestou seu depoimento por aproximadamente oito horas, cujo teor permanece sob sigilo, sendo considerado um dos mais cruciais para elucidar os detalhes do suposto planejamento do golpe de Estado.
Embora o conteúdo exato das declarações de Freire Gomes ainda não tenha sido divulgado, informações disponíveis sugerem que ele teria se defendido afirmando ter resistido à trama golpista e implicado Bolsonaro no planejamento de um decreto sobre o golpe.
Este pedido da defesa de Bolsonaro é mais um capítulo na complexa investigação em curso no STF, que visa esclarecer os eventos e as alegações relacionadas à suposta tentativa de golpe durante o período mencionado. A divulgação dos depoimentos dos ex-comandantes militares pode trazer novos elementos para o desenrolar dessa investigação e influenciar seu desfecho.