A Target Corporation, uma das maiores varejistas dos Estados Unidos, anunciou que não venderá produtos com temática LGBT em algumas de suas lojas durante o Mês do Orgulho, que ocorre em junho no país.
A decisão foi tomada após uma série de ameaças de boicote e críticas de alguns clientes descontentes com a venda desses produtos no ano passado, conforme relata uma reportagem da Bloomberg.
Essa mudança afetará pelo menos metade das quase 2 mil lojas da empresa nos EUA, representando uma significativa alteração no posicionamento da marca, que anteriormente oferecia a linha completa em todas as suas lojas.
Em comunicado oficial, a Target afirmou que os produtos LGBTQ serão disponibilizados apenas em lojas selecionadas, baseando-se no “desempenho de vendas”. A empresa destacou que continua a apoiar a comunidade LGBTQIA+ ao longo do ano, apesar da decisão em relação à venda durante o Mês do Orgulho.
O CEO da Target, Brian Cornell, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos funcionários diante dessa situação e expressou preocupação com o impacto das medidas de segurança implementadas pela empresa na comunidade LGBTQIA+.
Apesar de não haver uma conexão direta entre a polêmica envolvendo a venda dos produtos e o Mês do Orgulho LGBT, as ações da Target registraram uma queda de 1% nas negociações de Nova York após o anúncio, segundo informações da Bloomberg.
A decisão da Target Corporation levanta questões sobre o equilíbrio entre atender às demandas dos clientes e manter um compromisso com a inclusão e diversidade. Essa medida também destaca a sensibilidade das empresas em relação a questões sociais e culturais, que podem impactar diretamente sua reputação e desempenho no mercado.