O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento à imprensa hoje no escritório da pasta em São Paulo, destacando a abertura dos mercados locais. Embora o tema da entrevista não tenha sido divulgado, mudanças de última hora na agenda indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode vetar integralmente o Projeto de Lei da desoneração da folha.
A sexta-feira pós-feriado nos Estados Unidos pode resultar em liquidez reduzida em Nova York, com bolsas e mercado de Treasuries fechando mais cedo. A atenção dos investidores se volta para os índices preliminares de gerentes de compras (PMI) americanos de novembro.
Enquanto os mercados europeus mostram abertura mista, no Brasil, o novo Plano Estratégico da Petrobras e o veto presidencial ao projeto de desoneração da folha para 17 setores adicionam incertezas aos negócios. Haddad busca recursos para equilibrar as contas do governo, mas enfrenta resistência dos setores envolvidos.
A Medida Provisória da Subvenção, buscando arrecadar R$ 35,3 bilhões em 2024, está em negociação com o presidente da Câmara, Arthur Lira. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destaca a preocupação fiscal, mas expressa otimismo quanto ao potencial do Brasil.
A decisão de Haddad e as negociações no cenário fiscal estão no centro das atenções, enquanto o mercado internacional observa a volatilidade potencial decorrente dos rendimentos dos Treasuries e sinais mistos do dólar em relação a moedas emergentes.
Na agenda do dia, além do pronunciamento de Haddad, destaca-se a divulgação do IPC-S Capitais pela FGV e a palestra do diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.
Os desdobramentos desses eventos podem moldar o rumo dos mercados locais, impactando não apenas as negociações internas, mas também reverberando nas relações econômicas globais.