A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou um balanço positivo referente ao mês de novembro, revelando uma redução significativa no percentual de famílias endividadas no Brasil. Este é o quinto mês consecutivo de queda, marcando o menor índice desde fevereiro de 2022.
De acordo com o levantamento, o percentual de famílias endividadas apresentou uma redução de 3 pontos percentuais, totalizando 76,6%. O cartão de crédito permanece como a principal fonte de endividamento, representando expressivos 87,7% do total de devedores. No entanto, modalidades como crédito pessoal, consignado e dívidas fora do sistema financeiro tradicional ganharam terreno.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, atribui essa redução ao progresso das condições econômicas do país. O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, explica.
Além da queda no percentual de endividamento, a taxa de inadimplência também apresentou uma diminuição em novembro, atingindo 29% do total de famílias, comparado a 29,7% em outubro. Em média, as dívidas representam 30,3% da renda dos endividados, sendo que a maioria dos débitos atrasados (48,1%) ultrapassa os 90 dias, mostrando uma redução de 5,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
Os consumidores de baixa renda, aqueles que ganham entre um e três salários mínimos, são os mais afetados, com um percentual de 36,6% de dívidas em atraso e uma probabilidade mais elevada (17,2%) de não conseguirem quitar seus débitos. O comprometimento da renda com dívidas é particularmente elevado nesse grupo, atingindo 31,9%.
A melhora nos indicadores de endividamento e inadimplência reflete uma tendência positiva nas condições financeiras dos brasileiros, sinalizando um alívio nas pressões econômicas enfrentadas nos últimos tempos. Este cenário é um impulso positivo para a estabilidade financeira das famílias brasileiras, indicando uma possível retomada do equilíbrio econômico.