A Microsoft anunciou nesta segunda-feira (1º) que começará a vender o aplicativo de videoconferência Teams de forma separada do pacote Microsoft 365 em todo o mundo, seguindo uma decisão previamente implementada na Europa há alguns meses.
Em comunicado à agência Reuters, a Microsoft confirmou a mudança no modelo de oferta dos produtos, explicando que essa medida “atende ao feedback da Comissão Europeia”. A integração do Teams ao antigo Office em 2017, substituindo o Skype for Business, trouxe popularidade à plataforma, especialmente durante a pandemia.
No entanto, essa integração tem sido objeto de contestação por parte da concorrência, alegando que essa combinação de serviços proporciona uma vantagem injusta à Microsoft. Entre os que reclamaram está o Slack, um dos principais rivais da plataforma de comunicação e colaboração da Microsoft.
A queixa feita pelo aplicativo da Salesforce resultou em uma investigação sobre a vinculação do Teams ao Office, aberta pela Comissão Europeia em 2020. Segundo a companhia, a Microsoft forçou os clientes a instalarem seu serviço de comunicação corporativa ao integrá-lo ao pacote de produtividade, ocultando o verdadeiro custo do app de videoconferência.
Com a mudança, usuários corporativos agora podem assinar o Microsoft 365 sem o Teams, com preços que variam de US$ 7,75 a US$ 54,75 mensais, dependendo da versão e da região. O Teams, adquirido separadamente, passa a custar US$ 5,25 por mês.
Os valores atualizados são válidos para novos assinantes, enquanto os assinantes atuais podem manter o mesmo acordo de licenciamento em vigor ou optar pela mudança para o plano com os produtos vendidos separadamente.
Apesar da separação entre o Teams e o Microsoft 365, a Microsoft ainda pode enfrentar mais processos antitruste na União Europeia. Fontes sugerem que a empresa deve ser alvo de novas acusações nos próximos meses.