Um novo estudo da consultoria Bain & Company em parceria com a Fundação Altagamma, da Itália, estima que o mercado de bens pessoais de luxo poderá crescer até 12% neste ano em relação ao anterior, marcando um novo recorde entre 360 bilhões a 380 bilhões de euros — no ano passado, representava 345 bilhões de euros do total de 1,34 trilhão de euros em vendas de todas as categorias do luxo global.
Embora o aumento estimado seja menor que o registrado em 2022, quando esse recorte que engloba roupas, acessórios e produtos de beleza cresceu 19% em relação a 2021, é uma análise mais otimista que a do início do ano, época em que a mesma consultoria estimava incremento de até 8% no melhor cenário — número que, hoje, engloba a hipótese mais realista do estudo, um escopo cujo crescimento das vendas seria impactado por uma suposta desaceleração acentuada dos mercados maduros (Estados Unidos e Europa) e crescimento lento na China.
Não é o que ocorre. Ainda que o consumidor americano esteja segurando gastos com a possibilidade de uma recessão, o levantamento aponta que as vendas de luxo na Europa registraram crescimento sustentado no primeiro trimestre. A Ásia também responde positivamente, principalmente após à reabertura plena do comércio na China Continental após as restrições impostas pela pandemia de covid-19.
O Japão, atual estrela do continente, abocanhou 24 bilhões de euros do mercado mundial de bens de luxo no ano passado —, mantém o apetite de consumo, com destaque para a venda de acessórios best-sellers, e se beneficia do fluxo de turistas dos países do entorno, inclusive chineses.