O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China apurado pelo setor privado recuou ligeiramente em junho, mas permaneceu em território de expansão da atividade, refletindo a resiliência do setor manufatureiro.
O PMI apurado pelo grupo de mídia chinês Caixin em parceria com a agência S&P Global registrou 50,5 em junho, abaixo da leitura de 50,9 de maio, de acordo com dados divulgados pelas empresas na segunda-feira em Pequim.
Números acima de 50,0 indicam expansão da atividade, enquanto números abaixo desse patamar mostram retração.
O crescimento da produção manufatureira desacelerou em junho em relação ao mês anterior, mas o subíndice permaneceu acima da marca de 50,0 (expansão) pelo quinto mês consecutivo.
O crescimento do total de novos pedidos desacelerou em junho em relação a maio, mas continuou a se expandir graças à demanda doméstica, enquanto os pedidos no exterior permaneceram estáveis, ligeiramente acima da marca de 50,0.
O subíndice que acompanha o emprego no setor ficou bem abaixo de 50,0 em junho, depois de se recuperar de uma baixa de mais de três anos em maio, disseram as empresas em nota.
A demanda mais fraca colocou mais pressão sobre os preços, com leituras de preços de insumos e produtos significativamente abaixo de 50,0 pelo terceiro mês consecutivo.
Uma série de dados econômicos recentes sugere que a recuperação da China ainda não encontrou uma base estável, já que questões importantes, incluindo a falta de motores de crescimento interno, demanda fraca e perspectivas obscuras permanecem”, disse Wang Zhe, economista do Caixin Insight Group.
Na última sexta-feira, o governo chinês havia divulgado sua versão do PMI industrial. O indicador apontou alta para 49,0 em junho, ante 48,8 em maio, porém permanecendo em território de contração.
O PMI oficial acompanha os grandes fabricantes estatais mais de perto do que o indicador privado, que rastreia mais empresas médias e privadas.