Os contratos futuros do ouro fecharam em alta hoje, beneficiados pelo enfraquecimento do dólar no exterior. O driver nesta sessão foi o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que levantou um novo ajuste de perspectivas sobre a trajetória de juros do Federal Reserve (Fed).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,89%, a US$ 1.932,50 por onça-troy. Na semana, a commodity subiu 0,12%. Por sua vez, o índice DXY, que mede a relação do dólar com uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, tinha queda de 0,88%, a 102,262 pontos, às 15h40 (de Brasília).
Dados divulgados mais cedo mostraram que foram criados empregos abaixo do consenso nos EUA, mas a taxa de desemprego caiu de 3,7% em maio 3,6% em junho, ao passo que o salário médio dos americanos por hora trabalhada cresceu 0,4% entre maio e junho, levemente acima da previsão de alta de 0,3%.
De acordo com Rupert Rowling, da Kinesis Money, embora a tendência do ouro tenha sido indubitavelmente descendente desde que o preço atingiu o pico de quase US$ 2.050 a onça no início de maio, a resiliência que o ouro tem mostrado desde que atingiu US$ 1.900 no final de junho “destaca a frágil confiança no mercado de ações mais amplo”.
“Apesar de todo esse posicionamento agressivo dos bancos centrais, as quedas contínuas nos mercados de ações estão mantendo o ouro apoiado em US$ 1.900, provando uma barreira inquebrável por enquanto. Quanto tempo mais a represa conseguirá conter a maré de baixa dependerá em grande parte de quão agressivos os investidores acham que o Fed será após os números de empregos de hoje”, completa Rowling.
Barras de ouro — Foto: Unsplash