A Caixa Econômica Federal passou a oferecer desde a última sexta-feira financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) com base nas novas regras tomadas pelo governo federal em junho, que reduziu taxas de juros e ampliou o teto para compra de imóveis no programa.
Em junho, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aumentou o subsídio no MCMV e reduziu juros para famílias de baixa renda. A Caixa entregou 380 mil unidades do MCMV no ano passado e estima 440 mil para este ano com as novas regras.
Com o subsídio, a União paga uma parte do financiamento para as famílias de baixa renda. Entre as novas regras, o subsídio para famílias de baixa renda, da Faixa 1 (renda mensal até R$ 2,64 mil) e 2 (renda mensal até R$ 4,4 mil) do programa passou de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil.
Esse “desconto” é financiado pelo FGTS, que tem R$ 9 bilhões no orçamento deste ano para os subsídios, enquanto que o Orçamento da União tem R$ 10 bilhões reservados para a faixa 1 do programa.
A taxa de juros cobrada para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil passou de 4,25% para 4% nas regiões Nordeste e Norte, enquanto que passou de 4,5% para 4,25% no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O conselho também deliberou por uma mudança no valor máximo do imóvel a ser comprado na faixa 3, para famílias com renda entre R$ 4,4 mil a R$ 8 mil, que passou de R$ 264 mil a R$ 350 mil.
Já os limites para imóveis nas faixas 1 e 2 do programa vão variar entre R$ 190 mil a R$ 264 mil a depender da região do país.
Com esse aumento no teto dos valores para faixas 1 e 2, o Ministério das Cidades estima que 92% dos municípios brasileiros contam com algum incremento no teto. Isso porque há algumas regras que dividem os municípios e os valores máximos para compra dos imóveis com base no tamanho territorial e seus habitantes.