A Stellantis, conglomerado automobilístico que controla marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, revelou em evento realizado em Brasília nesta quarta-feira (6 de março de 2024) um ambicioso plano de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil até 2030. Esses recursos serão direcionados principalmente para a produção de veículos híbridos, combinando eletrificação com o uso de biocombustíveis como o etanol.
Carlos Tavares, CEO da Stellantis, destacou que o mercado brasileiro possui uma forte cultura na produção de biocombustíveis e uma matriz elétrica limpa, tornando-o um ambiente propício para a introdução de tecnologias de veículos híbridos. Ele enfatizou que a América do Sul será o principal mercado da empresa para a produção de híbridos, com o Brasil desempenhando um papel central nessa estratégia regionalizada.
Ao longo desse ciclo de investimentos, a Stellantis planeja lançar 40 produtos, incluindo modelos com a tecnologia Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis. A fábrica da empresa em Betim (MG) será o centro global para o desenvolvimento dessa tecnologia, evidenciando o compromisso da montadora com a inovação e sustentabilidade.
Além disso, a Stellantis anunciou que um novo modelo híbrido será lançado no Brasil no segundo semestre deste ano, demonstrando o rápido avanço em direção à eletrificação no país. Apesar do foco nos híbridos, a empresa tem como ambição que 20% de sua frota produzida no Brasil seja composta por veículos 100% elétricos.
Os investimentos totais da Stellantis para a América do Sul até 2030 alcançarão R$ 32 bilhões. Durante o evento, o chefe de operações da empresa na região também revelou um montante de R$ 2 bilhões que serão destinados às instalações na Argentina, consolidando o compromisso da Stellantis com a expansão e modernização de suas operações na América Latina.
Com o anúncio da Stellantis, o montante total de investimentos das montadoras para o próximo ciclo no Brasil atingiu impressionantes R$ 60 bilhões. Esses investimentos não apenas impulsionarão a indústria automotiva brasileira, mas também promoverão a inovação, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico do país.