O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu o arquivamento de um inquérito que envolve o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá. O caso remonta a 2017 e trata do suposto recebimento de propina de R$ 5 milhões da Odebrecht.
Em fevereiro, o PGR solicitou a prorrogação do inquérito no âmbito da “Operação Lava-Jato”, porém, o relator do caso, ministro Edson Fachin, negou conceder mais prazo.
Na manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (25), Gonet afirmou que a investigação não conseguiu provar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelos políticos.
Segundo o procurador-geral, os depoimentos dos executivos da Odebrecht não foram suficientes para dar início a uma persecução penal. Ele destacou a atual falta de perspectiva de obtenção de novos elementos que possam alterar o cenário.
Agora, cabe ao ministro Edson Fachin decidir se arquiva ou não a investigação. Recentemente, Fachin determinou o arquivamento de outro inquérito da Lava-Jato, que investigava a suspeita de obstrução de investigações nas dependências do Senado.