As cheias no Rio Grande do Sul continuam a agravar a situação de milhares de pessoas, especialmente após uma nova inundação no Rio Guaíba, em Porto Alegre, nesta terça-feira (14). O número de pessoas em abrigos no estado subiu de 76.884, no início do dia, para 79.494 no final da tarde.
Além do aumento no número de desabrigados, mais uma morte foi confirmada, elevando o total de vítimas fatais para 149. Atualmente, 124 pessoas permanecem desaparecidas. As enchentes forçaram a evacuação de 538.245 pessoas em todo o estado, afetando 446 dos 497 municípios gaúchos, o que corresponde a 89,7% do total.
Nível Crítico do Rio Guaíba
O Rio Guaíba, que banha Porto Alegre e a região metropolitana, atingiu 5,21 metros na manhã de hoje, superando em 2,21 metros a cota de inundação, que é de 3 metros. Este nível está próximo do recorde histórico de 5,33 metros, registrado na semana passada. A elevação do rio tem causado inundações severas, dificultando ainda mais a situação dos moradores.
Impacto em Canoas
A cidade de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, tem sido duramente atingida pelas enchentes. Com uma população de 347.657 habitantes, segundo o Censo de 2022, Canoas representa menos de 3,2% da população total do Rio Grande do Sul. No entanto, a cidade responde por quase 27% do total de desabrigados no estado devido às chuvas.
Plataforma de Monitoramento
Para auxiliar no monitoramento e gestão da crise, o governo do Rio Grande do Sul lançou nesta terça-feira (14) uma plataforma online. Esta ferramenta fornece dados atualizados sobre os municípios afetados e o número de pessoas desabrigadas, ajudando a coordenar os esforços de socorro e assistência.
Desafios e Respostas
As autoridades enfrentam enormes desafios para lidar com as consequências das enchentes, que incluem alagamentos, enxurradas, deslizamentos e desmoronamentos. A situação em Canoas exemplifica a gravidade da crise, destacando a necessidade de um esforço coordenado e sustentado para atender as necessidades das comunidades afetadas.
A prioridade no momento é fornecer abrigo seguro, alimentos, e assistência médica aos desabrigados, enquanto os esforços de busca e resgate continuam nas áreas mais afetadas. O governo estadual e municipal, juntamente com organizações de socorro, estão trabalhando incansavelmente para mitigar os impactos das cheias e proporcionar alívio às vítimas.