As ações da Petrobras (PETR4) sofreram uma forte queda no mercado nesta quarta-feira (15) após a demissão de Jean Paul Prates e a entrada de Magda Chambriard no comando da empresa. Por volta de 13h49, as ações preferenciais da Petrobras recuavam 6,51%, cotadas a R$ 38,21, enquanto as ações ordinárias (PETR3) registravam uma queda de 7,59%, chegando a R$ 39,67.
Analistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos explicam que a troca de comando gerou incertezas sobre o futuro da empresa, o que naturalmente afetou o valor das ações. No entanto, eles ressaltam que a escolha de Chambriard é vista como positiva, dada sua vasta experiência no setor de petróleo e gás, incluindo sua passagem pela Petrobras e pela ANP.
A gestão de Chambriard, segundo os analistas, será direcionada para o fortalecimento da cadeia nacional de fornecimento de petróleo, o que poderá resultar em maiores investimentos na companhia, como a contratação de mais plataformas e navios. No entanto, eles não esperam alterações nas políticas de preços e dividendos da Petrobras durante o mandato de Chambriard, devido a possíveis conflitos com a Lei das Estatais e acionistas.
Apesar da turbulência no mercado, os analistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos veem a queda como uma oportunidade de compra, acreditando que as ações da Petrobras têm potencial para se recuperar no médio e longo prazo. Eles recomendam a compra das ações, com um preço-alvo de R$ 47, representando um potencial de alta de 15% em relação ao fechamento de terça-feira.
Por outro lado, o BTG recomenda a compra das ADRs da Petrobras listadas em Nova York, com um preço-alvo de US$ 19 para os próximos 12 meses, representando uma alta de 13,8% em relação ao fechamento de terça-feira. O banco ressalta que a mudança no comando aumenta o risco de interferência política na empresa, mas mantém sua recomendação de compra devido aos sólidos fundamentos da Petrobras.
O Goldman Sachs também expressa confiança nas perspectivas da Petrobras, destacando que mudanças no comando da empresa no passado não impediram a recuperação das ações. Eles recomendam a compra das ações preferenciais da Petrobras, com um preço-alvo de R$ 43,80, representando um potencial de alta de 7,4% em relação ao fechamento de terça-feira.
Diante disso, apesar da instabilidade momentânea, os analistas concordam que a Petrobras continua sendo uma opção atrativa para os investidores, com perspectivas favoráveis a longo prazo.
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