A coordenadora da Trilha de Finanças do G20 e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, afirmou que há um consenso entre as nações que integram o fórum para ampliar e facilitar o acesso aos fundos climáticos internacionais. Esse é um dos principais objetivos da presidência brasileira no G20.
“Quando anunciamos que essa seria uma prioridade, houve um apoio dos próprios fundos. Esse é um tema que goza de grande consenso entre os membros do G20. Tanto os membros doadores quanto os beneficiários acreditam que é muito importante que esses fundos sejam acessados de forma mais ágil e possam também ser operacionais para vários tipos de operações, muitas das quais envolvem bancos públicos de desenvolvimento”, disse Rosito.
Importância dos Fundos Internacionais
Segundo a diplomata, os investimentos por meio desses fundos internacionais podem ajudar a destravar créditos para adaptações climáticas, incluindo mudanças estruturais em cidades e estados para enfrentar eventos extremos como enchentes, deslizamentos causados por fortes chuvas e secas severas.
Rosito destacou que a maior parte dos investimentos feitos hoje para a transição climática foca na mitigação, como mapeamento de riscos e sistemas de alerta. No entanto, a secretária do Ministério da Fazenda enfatizou a necessidade de destinar mais recursos para adaptação climática.
Mitigação x Adaptação
“A maior parte dos investimentos feitos na transição climática vai sobretudo para mitigação e redução de emissões [de gases do efeito estufa], não para adaptação. Nós acreditamos que é fundamental aumentar os investimentos em adaptação, e os bancos públicos são agentes muito importantes para isso”, disse Rosito.
Prioridades do Brasil no G20
Rosito explicou que uma das prioridades do Brasil no G20 é a discussão de mecanismos específicos para alavancar mais recursos para infraestruturas resilientes. Isso inclui medidas como cláusulas de dívidas relativas ao financiamento climático e alívio de débitos em troca de investimentos para combater as mudanças ambientais, conhecidos como “debt swaps”.
“Essa discussão de mecanismos específicos para alavancar mais recursos para infraestruturas resilientes é uma das prioridades [do Brasil no G20]”, reiterou a embaixadora.
Apoio dos Membros do G20
O apoio ao tema por parte dos membros do G20, tanto doadores quanto beneficiários, reflete a importância global de facilitar o acesso aos fundos climáticos. A colaboração internacional é vista como crucial para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir que os países possam implementar as necessárias adaptações para proteger suas populações e economias.
O esforço da presidência brasileira no G20 para tornar o acesso aos fundos climáticos internacionais mais ágil e eficiente representa um passo significativo na luta global contra as mudanças climáticas. Com a colaboração dos membros do G20 e o suporte dos fundos, espera-se que os países possam acelerar suas iniciativas de adaptação e mitigação, contribuindo para um futuro mais sustentável e resiliente.