A B3 anunciou em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta quinta-feira, 13, uma significativa atualização para o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3). Este indicador reúne empresas que divulgam suas emissões de gases de efeito estufa, destacando aquelas que já estão adotando práticas em direção a uma economia de baixo carbono.
Ampliação e Rigor da Metodologia
A nova metodologia amplia o escopo de empresas elegíveis e introduz critérios mais rigorosos para a seleção. Agora, o ICO2 B3 incorpora dados de fontes públicas e utiliza a plataforma ESG Workspace para coleta de informações. Critérios como o coeficiente entre emissões e receita bruta e a pontuação na gestão de mudanças climáticas são avaliados para determinar a eficiência e qualidade na gestão de emissões.
Impacto e Expectativas
A atualização visa atrair mais recursos de pessoas físicas e investidores institucionais para o ETF ECOO11, o primeiro Exchange Traded Fund (ETF) com foco ESG no Brasil. Alexandre Correa Abreu, diretor de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, destaca que a reformulação pretende fortalecer o mercado sustentável.
Critérios de Entrada e Futuro
A partir de janeiro de 2025, as empresas interessadas em fazer parte do ICO2 B3 devem estar listadas no Índice Brasil Amplo (IBrA B3). A B3 calculará um Score de Gestão de Emissões para cada companhia, avaliando práticas que indiquem melhorias na eficiência ao longo do tempo. A adesão também requer a validação e autorização das informações na plataforma ESG Workspace, além de estar entre as 75% das empresas que menos emitem gases de efeito estufa proporcionalmente à receita.
Visão da B3
Henio Scheidt, gerente de Índices da B3, enfatiza que o objetivo é oferecer um índice que reflita a preocupação crescente das empresas com uma economia de baixo carbono. A B3 está comprometida em aprimorar o ICO2 B3 com critérios reconhecidos globalmente para a gestão de emissões de gases do efeito estufa.