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Home Economia

Banco do Brasil (BBAS3) pagará dividendos de 8,9%, mas mantém recomendação neutra para investidores

por Redação
26/08/2025
em Economia, Destaque, News
Banco Do Brasil Paga Dividendod - Gazeta Mercantil

O Banco do Brasil (BBAS3), um dos maiores bancos da América Latina, anunciou que deverá distribuir 8,9% de seu valor de mercado em dividendos (dividend yield), de acordo com um relatório publicado por analistas após o fechamento do mercado na última sexta-feira (6). O valor da ação do banco encerrou o pregão a R$ 28,77, e a expectativa dos especialistas é que o preço-alvo da ação alcance R$ 32,00 até o fim de 2024, representando uma valorização de 11,2%.

Apesar dos números expressivos, a recomendação para as ações do Banco do Brasil continua neutra, segundo o relatório da corretora. Isso significa que, de acordo com os analistas, o investidor não deve comprar ou vender as ações neste momento, mas sim manter os ativos já adquiridos. A recomendação é sustentada por alguns fatores que causam preocupações no mercado, apesar dos resultados financeiros sólidos apresentados pelo banco.

Crescimento no lucro ajustado, mas margem com clientes preocupa

No segundo trimestre de 2024, o Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. Esse resultado positivo foi bem recebido pelo mercado, mas o relatório da Ágora Investimentos destacou pontos de atenção que podem influenciar a performance futura do banco.

Entre os pontos que levantam dúvidas está a queda nas margens com clientes, ou seja, nos spreads bancários, que são os ganhos obtidos com juros sobre operações de crédito e outros serviços financeiros. De acordo com o relatório assinado por Gustavo Schroden, do Bradesco BBI, e Renato Chanes, da Ágora Investimentos, “a margem com clientes registrou uma contração sequencial nos spreads, enquanto os ganhos de Tesouraria tiveram outro forte desempenho, de R$ 5,7 bilhões, em que o Banco Patagônia contribuiu com R$ 1,9 bilhão”.

Esse desequilíbrio nas fontes de receita gera um alerta para os investidores. Enquanto a Tesouraria apresentou ganhos expressivos, impulsionados em parte pelas operações do Banco Patagônia, as margens provenientes das operações com clientes, que são uma parte fundamental do negócio, mostraram sinais de enfraquecimento.

Inadimplência e deterioração dos empréstimos são desafios

Outro ponto de atenção destacado pelos analistas é o índice de inadimplência do Banco do Brasil, que se deteriorou pelo quarto trimestre consecutivo. Os empréstimos corporativos e rurais, que são um pilar importante da carteira de crédito do banco, apresentaram piora sequencial. O índice de inadimplência referente a empréstimos com mais de 90 dias de atraso subiu de 2,7% no segundo trimestre de 2023 para 3,0% no segundo trimestre de 2024, um aumento de 0,3 ponto porcentual.

Esse crescimento na inadimplência reflete as dificuldades econômicas enfrentadas por diversos setores da economia, especialmente no campo corporativo e rural, onde a volatilidade financeira e os desafios macroeconômicos afetam diretamente a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito. A deterioração na qualidade dos ativos é uma questão central para os bancos, uma vez que empréstimos não pagos se traduzem em perdas diretas e comprometem a rentabilidade futura.

Dividendos atraentes, mas recomendação permanece neutra

Apesar dessas questões, o Banco do Brasil continua sendo uma opção atraente para investidores que buscam retornos consistentes por meio de dividendos. O dividend yield de 8,9% é bastante competitivo em comparação com outras empresas do setor financeiro e de outros segmentos. Esse alto rendimento pode ser um fator decisivo para investidores que procuram uma fonte de renda estável, especialmente em um cenário de incerteza econômica.

Contudo, o relatório da Ágora Investimentos é cauteloso quanto ao futuro das ações. A recomendação neutra reflete a visão de que, embora o banco apresente bons resultados e ofereça dividendos elevados, os riscos associados à queda nas margens com clientes e ao aumento da inadimplência pesam contra uma recomendação de compra no momento.

Schroden e Chanes, autores do relatório, destacam que, apesar do efeito positivo de carrego da ação devido ao valuation atrativo e ao alto dividendo, “continuamos preocupados com os tópicos mencionados”, reforçando a necessidade de monitorar os desdobramentos dos indicadores financeiros do banco nos próximos trimestres.

Perspectivas para o Banco do Brasil até 2024

O preço-alvo estipulado para as ações BBAS3 é de R$ 32,00 até o fim de 2024, o que representaria uma alta de 11,2% em relação ao valor de fechamento de R$ 28,77 registrado na última sexta-feira. Essa projeção positiva se baseia na expectativa de recuperação gradual das margens com clientes e no contínuo bom desempenho da Tesouraria.

Por outro lado, a correção dos problemas estruturais, como o aumento da inadimplência e a qualidade dos ativos, será fundamental para sustentar essa valorização. O Banco do Brasil precisará implementar medidas mais rígidas de controle de crédito e, possivelmente, reestruturar parte de suas operações para melhorar os indicadores financeiros que estão gerando preocupação entre os analistas.

A sustentabilidade do pagamento de dividendos elevados também dependerá da capacidade do banco em manter sua lucratividade em um ambiente econômico desafiador, especialmente em meio a pressões inflacionárias e mudanças nas políticas de crédito.

O Banco do Brasil (BBAS3) continua sendo uma opção interessante para investidores, especialmente aqueles que buscam retornos por meio de dividendos. Com um dividend yield de 8,9%, o banco oferece uma atrativa fonte de rendimento em meio a um cenário econômico incerto. No entanto, os desafios relacionados à inadimplência e à queda nas margens com clientes exigem cautela por parte dos investidores.

A recomendação neutra reflete o equilíbrio entre os pontos positivos, como os dividendos elevados e o sólido desempenho da Tesouraria, e os pontos negativos, como a deterioração na qualidade dos ativos e o aumento dos índices de inadimplência. A expectativa de valorização da ação até R$ 32,00 em 2024 dependerá da capacidade do banco de enfrentar esses desafios e apresentar resultados mais consistentes nos próximos trimestres.

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