Donald Trump Assina Ordens Executivas Polêmicas no Primeiro Dia de Seu Segundo Mandato
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos já começa com decisões que prometem impactar não apenas a política interna, mas também o cenário internacional. Em um dia marcado pela assinatura de dezenas de ordens executivas, uma das mais comentadas é a retirada oficial dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma decisão que divide opiniões dentro e fora do país.
Por que Trump Decidiu Sair da OMS?
Ao assinar o documento no Salão Oval, Trump justificou sua decisão com duras críticas à organização. Segundo o republicano, os Estados Unidos contribuem significativamente mais do que outros países, como a China, sem que isso se traduza em maior influência ou resultados efetivos. “Eles [China] estavam pagando 39 milhões de dólares. Nós pagávamos 500 milhões. Parecia um pouco injusto para mim”, afirmou Trump.
A ordem executiva também alega que a organização falhou na gestão da pandemia de COVID-19, além de não adotar as reformas necessárias para manter sua independência política. Embora Trump tenha tentado sair da OMS em seu primeiro mandato, em 2020, barreiras legais impediram a conclusão do processo.
Retirada do Acordo de Paris e Perdão a Envolvidos no 6 de Janeiro
Outra medida que chamou atenção foi a revogação de 78 decretos assinados pela administração anterior, incluindo o retorno dos EUA ao Acordo de Paris. Trump reafirmou sua posição contrária ao tratado, citando impactos negativos para a economia norte-americana.
O republicano também concedeu perdão presidencial a mais de 1.500 pessoas envolvidas nos atos de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio. Entre os beneficiados estão 14 membros de milícias como os Proud Boys e Oath Keepers, condenados por conspiração sediciosa. “Esses são patriotas que sofreram uma perseguição injusta”, declarou.
Tarifas Contra Canadá e México
Trump anunciou planos para implementar tarifas de 25% contra Canadá e México, alegando que os dois países permitem o tráfico de drogas e a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Embora tenha adiado a medida para 1º de fevereiro, o republicano deixou claro que não recuará em suas promessas de campanha.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, reagiu com alívio ao adiamento, mas afirmou que o Canadá está preparado para defender seus interesses. “Por enquanto”, disse Trudeau, referindo-se à possibilidade de negociações futuras.
Emergência Nacional na Fronteira com o México
Em um discurso contundente, Trump declarou emergência nacional na fronteira sul dos EUA. Ele anunciou que reinstaurará a política “Fique no México”, além de enviar tropas para reforçar a segurança na região. “Vamos impedir todas as entradas ilegais e iniciar o retorno de milhões de imigrantes ao seus países de origem”, afirmou.
Suspensão Temporária da Proibição do TikTok
Outro ponto polêmico foi a decisão de suspender a proibição do TikTok por 75 dias, permitindo que o aplicativo continue operando enquanto revisões são feitas. Empresas como Apple e Google que facilitarem o uso do TikTok ainda enfrentam multas de até US$ 5.000 por usuário.