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Home Economia

Análise: Com novo processo contra diretora da Americanas, CVM quer demonstrar diligência, mas adota caminho mais fácil | Empresas

09/04/2025
em Economia
Unidade Da Loja Americanas Divulgacao Gazeta Mercantil


A divulgação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira (23) informando que abriu novo processo sancionador referente ao caso Americanas, dessa vez contra Camille Faria, atual diretora financeira da varejista, demonstra que a autarquia escolhe um caminho mais fácil para mostrar que está atuando e sendo diligente no caso. Mas a resposta efetiva em relação aos fraudadores do balanço contábil da companhia deve demorar para aparecer.

Contam para essa demora o “timing” próprio da CVM e uma estrutura organizacional marcada há algum tempo por parcos recursos financeiros e falta de pessoal.

A autarquia tem até agora 16 procedimentos administrativos abertos para analisar condutas irregulares referentes ao escândalo da Americanas, além de dois inquéritos. E tem recorrentemente voltado ao mercado para indicar como andam os casos, como fez em comunicado nesta sexta-feira (23).

Em quatro meses, há duas diferentes acusações instauradas, uma contra Camille e outra contra Sérgio Rial, que foi CEO da companhia por um curto período e responsável por anunciar o escândalo ao mercado, inicialmente apontado como “inconsistências contábeis”. Nenhum dos dois executivos estava na companhia na época em que ocorreram as fraudes.

O caminho encontrado para apresentar efetividade nos trabalhos é o referente a questões informacionais. Mais do que a fraude em si, o foco inicial tem sido entender o rito de divulgação do que ocorreu no mercado e validar se alguém se aproveitou do momento ou optou por divulgar informações de forma incompleta ou “intempestiva”. E não é a primeira vez que a CVM faz isso.

A investigação sobre as fraudes em si na Americanas ainda está em curso.

É provável que o regulador leve em consideração o próprio material produzido pela companhia, que na semana passada direcionou a fraude a alguns diretores e afastou a responsabilidade do caso do conselho e de acionistas de referência. Mas a CVM tem também as próprias investigações, como a tomada de depoimentos de ex-executivos da varejista. O ex-presidente Miguel Gutierrez, por exemplo, já prestou depoimento à autarquia.

Inclusive, as falas do presidente da varejista, Leonardo Pereira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na semana passada, chamaram a atenção de participantes do mercado uma vez que foram baseadas em investigação paralela conduzida por advogados da companhia. São informações preliminares e parciais de documentos conduzidos por um comitê independente de investigação constituído pela Americanas e que ainda não concluiu os trabalhos.

Um dos inquéritos que deve trazer a resposta do regulador sobre se houve fraude ou não e quem são os responsáveis deve levar pelo menos alguns meses para ser concluído. Essa conclusão, contudo, não será definitiva, uma vez que será emitida pela área técnica responsável, a Superintendência de Processos Sancionadores. Faltará ainda, na sequência, uma posição do colegiado da autarquia se houver mais acusações e não ocorrer nenhum acordo.

Em processo recente julgado pela CVM envolvendo caso de “insider trading” e suposta manipulação de mercado pela JBS, o colegiado da CVM demorou quase seis anos para julgar os fatos. O vazamento das informações no caso da JBS e seus impactos no mercado aconteceram no dia 17 de maio de 2017 e o julgamento começou em maio de 2023 e ainda não foi concluído, apesar de ter formado maioria pela absolvição.

Houve um outro episódio em que a CVM também demorou para realizar o julgamento, que foi o processo envolvendo antigos integrantes do conselho de administração da Petrobras no então governo Dilma Rousseff. O julgamento só ocorreu no fim de 2020.

Um dos inquéritos da CVM no caso Americanas analisa o uso de informação privilegiada com ações da empresa.

Se for levado em conta o tempo para julgamento de nove casos de “insider trading” analisados pelo colegiado da autarquia entre 2013 e 2021, a média de tempo para a tomada de uma decisão final foi de seis anos e cinco meses, de acordo com um levantamento realizado pela FGV Direito SP, a pedido do Valor.

Se o caso Americanas seguir pelo mesmo caminho, uma resposta final do regulador ocorreria apenas em 2029, seis anos depois de surgido um dos maiores escândalos da história corporativa nacional.

1 de 1 Unidade da Lojas Americanas — Foto: Divulgação

Unidade da Lojas Americanas — Foto: Divulgação


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Esses Dados Escancaram A Urgência De Uma Nova Reforma Da Previdência, Uma Vez Que O Atual Modelo, Mesmo Após As Mudanças Implementadas Em 2019, Está Longe De Ser Sustentável. O Sistema Brasileiro De Previdência Social Adota O Modelo De Repartição Simples, No Qual Os Trabalhadores Ativos Financiam Os Benefícios Dos Aposentados E Pensionistas. Ou Seja, O Dinheiro Arrecadado Hoje É Imediatamente Usado Para Pagar Os Benefícios De Quem Já Se Aposentou. Com Menos Jovens Ingressando No Mercado De Trabalho E Uma População Cada Vez Mais Idosa, Esse Modelo Se Torna Financeiramente Inviável. Projeções Demográficas Mostram Que O Percentual Da População Com 60 Anos Ou Mais Crescerá De 13,8% Em 2019 Para 32,2% Em 2060. Paralelamente, A População Economicamente Ativa, Com Idade Entre 16 E 59 Anos, Deve Cair De 62,8% Em 2010 Para 52,1% Em 2060. Esse Desequilíbrio Compromete Diretamente A Arrecadação Do Inss E Torna A Reforma Da Previdência Uma Questão De Sobrevivência Do Sistema. O Impacto Da Reforma De 2019 A Última Reforma Da Previdência Foi Aprovada Em 2019, No Governo De Jair Bolsonaro. Entre As Principais Mudanças, Foram Definidas Idades Mínimas De Aposentadoria — 62 Anos Para Mulheres E 65 Para Homens — E Estabelecido Um Tempo Mínimo De Contribuição De 15 Anos Para Mulheres E 20 Para Homens. Ainda Assim, Os Efeitos Dessas Alterações Foram Limitados Por Modificações Feitas Pelo Congresso Nacional Durante A Tramitação Da Proposta. Segundo Rogério Nagamine, Especialista Em Políticas Públicas Do Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Essas Mudanças Não Foram Suficientes Para Garantir A Sustentabilidade Das Contas Previdenciárias No Longo Prazo. Ele Afirma Que O Ideal Seria Implementar Uma Nova Reforma Da Previdência Já Em 2027. Quanto Mais O Governo Adiar, Maior Será O Impacto Financeiro E Social. Reforma Da Previdência E Os Desafios Estruturais Para Evitar O Colapso Do Sistema Previdenciário, A Nova Reforma Da Previdência Deverá Enfrentar Temas Complexos, Como A Aposentadoria Rural — Que Hoje Permite A Aposentadoria De Mulheres Aos 55 Anos E De Homens Aos 60. Outra Proposta Envolve A Revisão Das Regras Para Microempreendedores Individuais (Meis), Que Contribuem Com Valores Significativamente Menores, Mas Ainda Assim Terão Direito A Benefícios. Além Disso, Especialistas Defendem A Criação De Um Mecanismo De Ajuste Automático Que Permita Alterar Regras Como A Idade Mínima Ou O Valor Dos Benefícios À Medida Que A Expectativa De Vida Da População Aumente. Essa Solução Já É Aplicada Em Países Europeus E Visa Garantir Maior Equilíbrio Entre Arrecadação E Despesas. Outro Ponto De Atenção São As Aposentadorias Diferenciadas Dos Servidores Públicos E Militares. Há Propostas Para Unificar As Regras Entre União, Estados, Municípios E Distrito Federal, Por Meio Da Aprovação Da Pec 66/2023. Também Se Discute O Fim Da Paridade E Integralidade Para Os Militares, Que Continuam Tendo Benefícios Muito Superiores Aos Do Regime Geral. Déficit Crescente E Impacto No Pib Segundo O Economista Arnaldo Lima, Da Polo Capital, O Desequilíbrio Nas Contas Do Inss Não É O Único Problema. Ele Destaca Que A Previdência Como Um Todo Representa 14,5% Do Pib Brasileiro Quando Se Consideram Os Gastos Com Servidores Civis E Militares De Todas As Esferas Do Poder Público. Esse Percentual É Semelhante Ao De Países Com Populações Muito Mais Envelhecidas, Como França, Portugal E Grécia. Lima Também Defende A Urgência De Uma Nova Reforma Da Previdência E Sugere O Aprimoramento Do Sistema De Proteção Social Dos Militares, Além Da Regulamentação De Mecanismos Complementares Privados Que Ofereçam Seguros Contra Invalidez, Doença E Morte — Despesas Que Hoje Respondem Por 35% Do Total Previdenciário. Ele Também Ressalta Que O Alto Índice De Judicialização, Especialmente Em Aposentadorias Especiais E Auxílio-Acidente, Pressiona Ainda Mais Os Cofres Públicos. Mais De 90% Das Concessões Nessas Categorias Ocorrem Por Via Judicial, Gerando Um Custo Anual Superior A R$ 27 Bilhões Com Precatórios Previdenciários. Risco De Insolvência Do Inss O Presidente Do Tribunal De Contas Da União (Tcu), Vital Do Rêgo, Definiu A Situação Da Previdência Social Como Uma &Quot;Bomba Que Não Vai Parar De Explodir&Quot;. Segundo Ele, O Brasil Enfrenta Um Cenário De Fragilidade Fiscal Estrutural, Onde A Despesa Previdenciária Cresce A Um Ritmo Muito Superior À Receita. 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A Nova Reforma Da Previdência Precisa Ser Pensada Não Apenas Como Uma Solução Fiscal, Mas Como Uma Forma De Proteger As Futuras Gerações E Garantir Que Os Brasileiros Tenham Acesso A Um Sistema Justo, Equilibrado E Sustentável. O Ideal Seria Que Esse Debate Fosse Retomado Já Em 2026, Com A Aprovação De Mudanças Em 2027 — Antes Que O Déficit Se Torne Irreversível. Gazeta Mercantil
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