Javier Milei tomou posse como presidente da Argentina neste domingo (10/12), marcando uma mudança significativa na política do país. Em seu discurso de posse, Milei anunciou ajustes que descreveu como “dolorosos” e expressou a necessidade de enfrentar a crise econômica e fiscal do país. Abaixo, destacamos cinco frases importantes do primeiro discurso de Milei como presidente.
- “Não há dinheiro” para Gradualismo: Milei enfatizou que o ajuste fiscal necessário, equivalente a cinco pontos do Produto Interno Bruto (PIB), recairá principalmente sobre o Estado. Ele descartou medidas graduais, argumentando que não há financiamento para tal abordagem. Essa postura marca uma mudança em relação à promessa de campanha de que as mudanças seriam financiadas pela “casta” política.
- Antecipação de Dificuldades: Milei antecipou que as medidas difíceis terão um custo significativo, resultando em impactos negativos na atividade econômica, emprego, salários reais e aumento da pobreza. Ele alertou para a possibilidade de estagflação, caracterizada por estagnação e inflação simultâneas.
- Herança “Sombria” dos Governos Anteriores: O novo presidente descreveu a atual situação do país como “sombria”, destacando a herança deixada pelos governos anteriores, incluindo a ex-vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner. Milei enfatizou a hiperinflação como uma das principais preocupações e alertou sobre os riscos de a situação piorar.
- “Encontrarão um presidente com convicções inabaláveis”: Milei prometeu firmeza diante da oposição, utilizando todos os recursos do Estado para avançar nas mudanças. Ele destacou que não tolerará hipocrisia, desonestidade ou ambição de poder para interferir na mudança desejada pelos argentinos. O presidente também sinalizou a abertura para líderes políticos, sindicais e empresariais que desejem contribuir para a “nova Argentina”.
- “Hoje Começa uma Nova Era na Argentina”: Milei apresentou sua chegada ao poder como uma virada na história argentina, encerrando “uma longa história de decadência” e iniciando uma era de reconstrução. Ele propôs um “novo contrato social” que visa um país onde o Estado salvaguarda os direitos dos cidadãos, em vez de dirigir suas vidas.*
Apesar de não fornecer detalhes concretos sobre suas políticas, Javier Milei deixou claro que seu governo enfrentará desafios significativos e buscará implementar reformas para impulsionar a economia argentina.