Na antecipação da última super quarta-feira de 2023, os mercados financeiros globais estão em alerta, com movimentos mistos nas bolsas europeias e nos índices futuros de Nova York. Antes das decisões cruciais a serem tomadas, há uma leve alta, refletindo a cautela dos investidores diante das expectativas em torno do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
A previsão é que o Fed mantenha as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%, mas o foco está na possibilidade de sinalizar o encerramento do processo de ajuste monetário e fornecer insights sobre a estratégia futura. Este anúncio é aguardado com grande expectativa, já que influenciará não apenas os mercados americanos, mas terá repercussões em todo o cenário financeiro global.
Além das movimentações nos mercados acionários, outros indicadores merecem atenção. O dólar apresenta um recuo modesto em relação a uma cesta de moedas principais, enquanto os contratos futuros de petróleo se mantêm estáveis. Por outro lado, os preços futuros do minério de ferro registraram uma queda de 1,35%, sendo cotados a US$ 132,08 por tonelada na madrugada.
Surpreendentemente, apesar do ambiente externo mais favorável, a tendência para a abertura do mercado brasileiro é negativa. O principal Exchange Traded Fund (ETF) do Brasil negociado no exterior, o EWZ, experimenta uma queda de quase 0,50%, sinalizando uma possível divergência em relação aos mercados globais.
Antes das decisões do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores voltam sua atenção para os resultados do setor de serviços. Simultaneamente, o Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei de regulamentação das apostas esportivas. No entanto, o texto foi modificado em relação ao aprovado na Câmara, exigindo uma análise adicional dos deputados antes de ser encaminhado à sanção presidencial. O relator do projeto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), estima uma arrecadação anual de R$ 10 bilhões para o Governo com essa medida.
Na agenda econômica do Brasil, destaca-se o volume de serviços de outubro, cuja expectativa é de estabilidade, após uma queda de 0,3% em setembro. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam da sessão de abertura da Reunião de Sherpas e vice-ministros de Finanças do G20.
A decisão do Copom, prevista para depois das 18h30, é aguardada com expectativa, com a maioria das apostas indicando um novo corte de 0,50 ponto percentual, o que reduziria a Selic para 11,75%.
Nos Estados Unidos, o grande evento do dia é a decisão do Fed, programada para as 16h, seguida da atualização de projeções e do gráfico de pontos, além de uma coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell, às 16h30. Estas decisões terão um impacto significativo nos mercados globais, moldando as expectativas dos investidores para os próximos meses.
O dia promete ser marcado por movimentações intensas nos mercados financeiros, com investidores de olho nas decisões dos bancos centrais e nos desdobramentos econômicos que moldarão o cenário internacional nos próximos períodos.