O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (15), dados que revelam mudanças significativas na participação dos municípios no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 2020 e 2021. Entre os destaques, o município de Itajaí, em Santa Catarina, se destaca ao subir seis posições no ranking, refletindo um cenário de dinamismo econômico.
Os cinco municípios que apresentaram os maiores ganhos de participação no PIB foram Maricá (RJ), com um crescimento de 0,5 ponto percentual, seguido por Saquarema (RJ), Niterói (RJ), São Sebastião (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ). Itajaí também figurou entre as novidades, sinalizando um avanço expressivo em sua contribuição para o PIB nacional.
As cinco maiores quedas de participação foram observadas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Essa dinâmica reflete um movimento de desconcentração econômica dos grandes centros urbanos, uma tendência que se manteve ao longo dos anos.
Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE, destaca que os resultados refletem a recuperação econômica das capitais e aglomerações urbanas mais impactadas pelos serviços presenciais durante a pandemia de Covid-19. Ele ressalta que, embora esses municípios tenham apresentado crescimento nominal em 2021, suas participações no PIB ainda estão abaixo dos níveis de 2019.
Em 2021, onze municípios responderam por quase 25% do PIB nacional, com destaque para São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e outras cidades estratégicas. Esse cenário destaca a concentração econômica em algumas localidades, apesar do contínuo movimento de desconcentração observado nos últimos anos.
A análise histórica revela uma tendência de redução relativa da importância econômica dos grandes centros urbanos, com as duas maiores concentrações urbanas do Brasil totalizando 23,2% de participação no PIB em 2021, contra 23,6% em 2020. São Paulo experimentou o recuo mais expressivo, respondendo por 15,4% do PIB brasileiro, uma queda em relação aos 16,2% registrados em 2020. Por outro lado, o Rio de Janeiro aumentou sua participação para 7,8%.
O estudo ainda destaca que, entre as 185 concentrações urbanas do país, 132 perderam e 53 aumentaram sua participação no PIB nacional, consolidando a tendência de desconcentração econômica. Esse movimento se manifestou especialmente entre as médias concentrações urbanas, evidenciando a dinâmica de descentralização econômica no Brasil.