A edição especial de fim de ano da renomada revista britânica The Economist causou agitação no cenário político brasileiro ao lançar duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e expressar uma visão mais favorável a Luiz Inácio Lula da Silva.
A publicação destacou o Brasil como um dos destaques positivos do ano, elogiando o país por estar ao lado daqueles que defendem a democracia. Segundo a revista, Brasil, Polônia e Grécia se destacaram por “retornarem à moderação após um passeio pelo lado selvagem” da política.
A The Economist não poupou críticas a Bolsonaro, descrevendo seus quatro anos de governo como um período de “populismo mentiroso”. Em contraste, a revista elogiou a eleição do presidente de centro-esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a nova administração rapidamente restaurou a normalidade e reduziu o desmatamento da Amazônia em quase 50%.
Entretanto, a revista também apontou críticas a Lula, mencionando sua aproximação com líderes como Vladimir Putin e Nicolás Maduro, considerando que isso prejudica o impressionante histórico do Brasil. Apesar dos elogios, a The Economist se recusou a conceder o prêmio de “país do ano” ao Brasil, escolhendo a Grécia como a merecedora desta honra.
A análise da revista ressalta a importância de reformas econômicas sensatas e a reconstrução do contrato social, citando o exemplo grego como uma inspiração para outros países. A The Economist destaca que em 2024, metade do mundo passará por eleições gerais, aconselhando os “democratas de todas as partes” a prestarem atenção ao exemplo grego.
A repercussão deste artigo certamente provocará debates e reflexões sobre o futuro político do Brasil e o papel das democracias ao redor do mundo.