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STF mantém ação penal contra Alexandre Ramagem por tentativa de golpe de Estado

09/05/2025
em Política, Destaque, News
Ação Penal Contra Alexandre Ramagem - Gazeta Mercantil - Política

STF mantém ação penal contra Alexandre Ramagem por tentativa de golpe de Estado

Supremo Tribunal Federal rejeita suspensão integral da ação penal e mantém acusações contra deputado por crimes cometidos antes da diplomação

Em uma decisão que reforça os limites da imunidade parlamentar, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (9) para manter a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão contraria a Câmara dos Deputados, que havia votado pela suspensão total do processo contra o parlamentar.

A Corte entendeu que parte dos crimes atribuídos a Ramagem ocorreu antes de sua posse como deputado, o que retira o efeito da imunidade parlamentar. Com isso, permanecem em andamento três acusações contra o deputado: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Por outro lado, dois crimes — dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado — serão suspensos, pois teriam ocorrido após a diplomação.

Decisão do STF e os limites da imunidade parlamentar

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou em seu voto que a imunidade parlamentar é de “caráter personalíssimo e temporal”, aplicando-se apenas aos crimes cometidos por parlamentares após a diplomação. Esse entendimento foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin e Luiz Fux, formando a maioria necessária para a decisão.

Moraes afirmou que os requisitos de caráter personalíssimo e temporal são claros e expressivos, no sentido de que é impossível aplicar essa imunidade a corréus não parlamentares e a infrações penais praticadas antes da diplomação. Com isso, a tentativa da Câmara dos Deputados de suspender toda a ação penal foi considerada inconstitucional.

Contexto da denúncia contra Ramagem

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Alexandre Ramagem por sua suposta participação em uma organização criminosa que teria atuado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Segundo a PGR, Ramagem fazia parte do “núcleo crucial” da organização, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados, com o objetivo de inviabilizar o funcionamento regular das instituições e depor o governo legitimamente eleito.

A denúncia inclui acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Com a decisão do STF, as três primeiras acusações continuam em andamento, enquanto as duas últimas foram suspensas por terem ocorrido após a diplomação de Ramagem como deputado.

Reação da Câmara dos Deputados

Na semana anterior à decisão do STF, a Câmara dos Deputados aprovou a suspensão da ação penal contra Ramagem, com base na Constituição, que permite ao Legislativo suspender processos criminais contra deputados por crimes cometidos após a diplomação. No entanto, o STF entendeu que a suspensão não poderia ser aplicada aos crimes cometidos antes da posse do parlamentar.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, enviou um ofício ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, comunicando a decisão da Casa. Barroso reenviou o ofício à Primeira Turma, que iniciou o julgamento virtual na sexta-feira (9), com término previsto para terça-feira (13).

Implicações da decisão do STF

A decisão do STF estabelece jurisprudência sobre os limites da imunidade parlamentar em casos de crimes graves. Ao manter a ação penal contra Ramagem por crimes cometidos antes da diplomação, a Corte reforça que a imunidade não pode ser utilizada como escudo para atos ilícitos praticados antes do exercício do mandato.

Além disso, a decisão pode impactar outros casos semelhantes, envolvendo parlamentares acusados de crimes graves cometidos antes da posse. A jurisprudência firmada pelo STF poderá servir de base para futuras decisões, garantindo que a imunidade parlamentar não seja utilizada de forma indevida para obstruir a Justiça.

Próximos passos

Os ministros do STF têm até terça-feira (13) para inserir seus votos no sistema eletrônico, concluindo o julgamento. A defesa de Ramagem ainda pode questionar a decisão, mas a manutenção da ação penal já representa um avanço significativo no processo.

Caso a ação penal prossiga, Ramagem poderá ser julgado pelas acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Se condenado, poderá enfrentar penas severas, incluindo a perda do mandato parlamentar e a inelegibilidade.

A manutenção da ação penal contra Alexandre Ramagem pelo STF reforça a importância de se respeitar os limites da imunidade parlamentar e garantir que crimes graves sejam devidamente investigados e julgados. A decisão também destaca o papel do Judiciário na proteção do Estado Democrático de Direito e na responsabilização de agentes públicos por seus atos.

À medida que o processo avança, será fundamental acompanhar os desdobramentos e garantir que a Justiça seja feita, respeitando os princípios constitucionais e os direitos fundamentais de todos os envolvidos.

Tags: abolição do Estado Democrático de Direitoação penal contra Alexandre RamagemAlexandre Ramagem réucrimes cometidos antes da diplomaçãodecisão STF Ramagemgolpe de Estado 2022imunidade parlamentarorganização criminosaSTF mantém ação penaltentativa de golpe de Estado

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