As ações da PagSeguro apresentam um notável desempenho positivo nesta sexta-feira na Bolsa de Nova York, impulsionadas pelos sólidos resultados divulgados pela empresa para o terceiro trimestre. Por volta das 17h (de Brasília), o papel registrava um avanço significativo de 7,70%, sendo cotado a US$ 9,31.
De acordo com os analistas do Itaú BBA, a PagSeguro divulgou números promissores, evidenciando maiores volumes e despesas financeiras controladas. O crescimento anual dos volumes em adquirência, medido pelo TPV (Total Payment Volume), atingiu 11%, com um notável destaque para o aumento de 18% entre pequenas e médias empresas. No entanto, a take rate, a taxa cobrada a cada transação, apresentou uma queda, refletindo uma mudança no mix de clientes para os segmentos maiores.
A operação bancária da PagSeguro testemunhou um crescimento expressivo nos depósitos, contribuindo para a redução do custo de financiamento da empresa, embora ainda esteja próximo do ponto de equilíbrio em termos de resultado. Os analistas do Itaú BBA consideram o desempenho geral como positivo, especialmente considerando as expectativas modestas, prevendo um impacto positivo nas ações.
O Bank of America destaca a estabilidade das despesas operacionais na comparação anual, resultado de esforços eficazes de controle de custos. Além disso, as despesas financeiras diminuíram, influenciadas pela redução da taxa Selic e pela maior contribuição dos depósitos de varejo nas captações. A administração da PagSeguro indicou um crescimento de TPV de dois dígitos e uma take rate sazonalmente menor no quarto trimestre, com projeções positivas para 2024.
Apesar dos elogios ao crescimento do TPV e ganhos de participação de mercado, o Citi expressa preocupações em relação ao declínio sequencial da take rate, que atingiu 2,5%. O investimento elevado e o declínio na carteira de crédito também foram mencionados como pontos de atenção.
Nos últimos dias, as ações da PagSeguro revertiram as perdas acumuladas no ano, registrando um aumento de 6,46%. No entanto, mesmo com essa recuperação, ainda acumulam uma baixa de 22,91% em um período de um ano. O mercado permanece atento aos desdobramentos da empresa, com os resultados positivos do terceiro trimestre impulsionando o otimismo entre os investidores.