A Azul, uma das principais companhias aéreas do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024, revelando um prejuízo líquido de R$ 1,05 bilhão. Esse número representa um aumento de 43% nas perdas em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 736,6 milhões. O salto significativo é atribuído principalmente a despesas monetárias e cambiais.
No entanto, quando ajustado por itens não recorrentes, a empresa registrou uma queda de 55% nas perdas trimestrais, totalizando um prejuízo de R$ 324,2 milhões.
Apesar dos desafios financeiros, a Azul desfrutou de uma demanda robusta por transporte aéreo, alcançando uma receita recorde de R$ 4,68 bilhões no trimestre, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior. A receita proveniente apenas do transporte de passageiros saltou 4,5%, atingindo R$ 4,36 bilhões.
Um fator crucial para esses resultados foi o preço médio das tarifas pagas pelos passageiros, que atingiu um recorde para o primeiro trimestre, chegando a R$ 0,498 por quilômetro voado, um aumento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em termos de volume, a Azul transportou 7,2 milhões de passageiros no trimestre, registrando um aumento de 2,1% em comparação com o ano anterior.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu um recorde para o primeiro trimestre, alcançando R$ 1,4 bilhão, com uma margem de 30,3%.
No entanto, o resultado financeiro apresentou números negativos significativos, totalizando uma perda de R$ 1,9 bilhões, um aumento de 146% nas perdas em relação ao ano anterior. Esse impacto foi atribuído principalmente a variações monetárias e cambiais, resultando em uma perda líquida de R$ 847,3 milhões no trimestre.
A dívida líquida da empresa aumentou para R$ 20,87 bilhões ao final do trimestre, representando um aumento de 7,7% em comparação com o período anterior e de 9,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, o endividamento, medido pela relação dívida líquida sobre o Ebitda, caiu para 3,7 vezes, uma redução de 1,4 ponto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Em uma carta que acompanha os demonstrativos financeiros, o diretor-executivo John Rodgerson destacou a sólida posição de liquidez da Azul, que encerrou o trimestre com R$ 2,7 bilhões em caixa, representando 14% da receita dos últimos doze meses.
Apesar dos desafios enfrentados, a Azul continua focada em sua operação e busca manter uma posição financeira sólida para enfrentar os desafios do mercado.