A decisão de Beyoncé, uma das artistas afro-americanas mais influentes do mundo, de concentrar esforços no Brasil, especialmente em Salvador, tem atraído a atenção de investidores. A cantora, conhecida por sua singularidade, tendência e impacto revolucionário na arte, através de sua ONG BeyGood, lançou um edital em novembro de 2023 para apoiar o afroempreendedorismo no Brasil.
O foco da iniciativa está em Microempreendedores Individuais (MEI) e Microempresas (ME), visando enfrentar as desigualdades econômicas estruturais. A estratégia de Beyoncé e seu marido, Jay-Z, de praticar o chamado Black Money, fortalecendo negócios de pessoas pretas, tem ganhado destaque. Essa abordagem busca mitigar as consequências históricas da escravização, que deixaram a população negra em situação de vulnerabilidade econômica.
O afroempreendedorismo, movimentando cerca de R$ 2 trilhões por ano no Brasil, torna-se uma peça-chave nesse esforço de reparação histórica. Beyoncé, ao mostrar interesse na viabilidade econômica e no impacto social, atrai olhares de investidores para Salvador, uma das cidades mais negras fora da África.
A matéria destaca a consciência e a prática de Beyoncé em apoiar causas coletivas, indo além do sucesso pessoal. Este movimento da “Queen B” para Salvador não apenas lança tendências, mas também pode influenciar outros investidores a olharem para o mercado brasileiro, fortalecendo o afroturismo e afroempreendedorismo.
A presença de Beyoncé na capital baiana coincide com o reconhecimento do Dia da Consciência Negra como feriado nacional, a aprovação de uma reforma tributária e a queda de juros no país. Esses elementos criam um cenário financeiro seguro para investidores, tornando a presença da artista um selo de confiabilidade.
Afroempreendedores são aconselhados a ficar atentos às oportunidades de fomento e investimento em turismo e cultura, além de se prepararem financeiramente para gerir grandes aportes. A mensagem é clara: a hora é agora, e o poder de realização está nas mãos da comunidade negra. Beyoncé, ao escolher Salvador como foco de suas iniciativas, projeta uma perspectiva otimista para a economia da “Capital Afro” em 2024.
Átila Lima, formada em Gestão Financeira, coach e educadora financeira, destaca a importância de os afroempreendedores se organizarem financeiramente e aprenderem a gerir grandes cifras em um momento em que o Brasil é central no radar de investidores.