As bolsas da Europa encerraram o pregão de hoje sem uma direção clara, refletindo a repercussão da decisão de política monetária anunciada pelo Federal Reserve (Fed) ontem. O banco central dos Estados Unidos optou por manter sua taxa de juros inalterada, porém, o alerta sobre a persistência da inflação gerou incertezas nos mercados.
Atentos aos balanços, investidores veem Shell impulsionar FTSE 100
Além da decisão do Fed, os investidores estiveram de olho na divulgação de balanços corporativos. Um dos destaques foi a Shell, cujos resultados positivos impulsionaram o FTSE 100 a atingir uma nova máxima histórica em Londres.
Panorama das principais bolsas
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,19%, atingindo 503,33 pontos. Analistas do AJ Bell destacaram que, embora o Fed tenha mantido as taxas como esperado, o presidente Jerome Powell deixou claro que elas permanecerão elevadas por um período prolongado.
No entanto, apesar da incerteza nos mercados, o FTSE 100 continuou a avançar, impulsionado pelos resultados acima do esperado da Shell. As ações da empresa petrolífera britânica subiram 2,43%, após anunciar lucros surpreendentes e planos de recompra de ações.
Desempenho das bolsas europeias
- FTSE 100 (Londres): +0,63% a 8.172,15 pontos
- DAX (Frankfurt): -0,20% a 17.896,50 pontos
- CAC 40 (Paris): -0,88% a 7.914,65 pontos
- FTSE MIB (Milão): -0,03% a 33.736,40 pontos
- Ibex 35 (Madri): +0,16% a 10.872,00 pontos
- PSI 20 (Lisboa): +0,75% a 6.665,17 pontos
Indicadores econômicos e outros destaques
Os PMIs industriais da Alemanha e da zona do euro superaram as expectativas, indicando uma melhora na atividade manufatureira. No entanto, as leituras ainda permanecem abaixo de 50, sinalizando uma contração no setor.
Em outras notícias, o UBS está considerando cortar custos em sua divisão de gestão de ativos, em meio a preocupações com a pressão sobre os lucros. O banco suíço planeja reduzir pelo menos US$ 300 milhões em custos, incluindo cortes de pessoal administrativo na Suíça.
O dia nas bolsas europeias foi marcado pela cautela dos investidores, influenciada pela decisão do Fed e pelos resultados corporativos. A incerteza em relação à inflação e aos rumos das políticas monetárias globais continua a pairar sobre os mercados financeiros.