Um recente estudo da PricewaterhouseCoopers (PwC) apontou uma diminuição na relevância do Brasil no cenário global, de acordo com a avaliação de CEOs de empresas em mais de 100 países. O país caiu do 10º para o 14º lugar no ranking de importância para os executivos, marcando o maior recuo anual dos últimos 10 levantamentos.
A pesquisa CEO Survey da PwC, que envolveu mais de 4.700 líderes empresariais, é conduzida anualmente para identificar os países mais mencionados pelos CEOs como fontes de crescimento para suas empresas. O Brasil estava consistentemente entre os 10 primeiros desde 2014, mas perdeu quatro posições em apenas um ano, atingindo a 14ª colocação em 2024.
O estudo destaca que em 2014, 12% dos executivos consideravam o Brasil como um mercado estratégico importante, número que diminuiu para 3% em 2024. Esse declínio é atribuído à percepção dos CEOs sobre o ambiente de negócios e às condições econômicas do país.
Outros países também sofreram redução na importância no ranking, incluindo Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido, Índia e Austrália. Apesar disso, o sócio-presidente da PwC Brasil, Marco Castro, ressaltou que o Brasil permanece em um grupo privilegiado para atrair investimentos, destacando a ausência de conflitos, perspectivas econômicas positivas e oportunidades significativas.
O estudo também revelou um otimismo relativo entre os CEOs brasileiros em relação ao crescimento econômico. Enquanto 55% dos CEOs no Brasil previram uma aceleração do PIB nacional nos próximos 12 meses, a média global foi de 44%. No entanto, as principais preocupações tanto no Brasil quanto globalmente incluem inflação e instabilidade macroeconômica.
Quanto à viabilidade a longo prazo das empresas, 45% dos executivos globais expressaram preocupação de que suas empresas não seriam viáveis por mais de uma década. No Brasil, esse percentual foi ligeiramente menor, atingindo 41%.
O relatório da PwC reflete a dinâmica em constante mudança das percepções globais sobre os mercados, destacando a importância de fatores econômicos, políticos e de estabilidade para as decisões estratégicas das empresas em um ambiente internacional cada vez mais competitivo.