Durante sua participação no World Government Summit em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, destacou o crescimento significativo do Brics como um bloco econômico de influência global. Composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, o Brics já representa 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, superando os 30,8% do G7, que inclui países como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia.
Rousseff enfatizou que, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), até 2028 o Brics poderá chegar a representar entre 35% e 40% do PIB global, enquanto a participação do G7 tende a diminuir para 27,8%. Esses números refletem o crescimento acelerado do poder econômico dos países que compõem o Brics, sinalizando uma mudança significativa na ordem financeira internacional.
O PIB conjunto dos países do Brics atingiu a marca de US$ 25,9 trilhões em 2022, representando 25,5% da atividade econômica global. Esse crescimento expressivo é resultado do aumento da participação dos gigantes asiáticos, China e Índia, no bloco. A China quase triplicou seu PIB de 2010 a 2022, alcançando US$ 18 trilhões, enquanto a Índia dobrou sua atividade econômica, chegando a US$ 3,4 trilhões no mesmo período.
Esses dados demonstram não apenas a consolidação do Brics como um bloco econômico de peso, mas também apontam para uma redistribuição do poder econômico global, com os países emergentes ganhando cada vez mais destaque. A declaração de Dilma Rousseff reforça a importância estratégica do Brics e sua capacidade de influenciar o cenário econômico mundial nos próximos anos.