Nesta quinta-feira (18), a China conduziu a maior manobra militar ao redor de Taiwan desde 28 de dezembro, marcando o primeiro grande movimento chinês no estreito entre os dois países desde a eleição de Lai Ching-te como o novo presidente da ilha no sábado (13).
O Ministério da Defesa de Taiwan relatou que as forças armadas chinesas realizaram manobras de combate aéreo e naval no estreito, envolvendo 24 aeronaves e cinco navios da marinha. Destas aeronaves, 11 cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan, aumentando as tensões na região.
A China considera Taiwan como parte integrante de seu território e tem contestado repetidamente o processo democrático na ilha. A recente eleição de Lai Ching-te também provocou descontentamento em Pequim, uma vez que o novo presidente pertence ao mesmo grupo político da antecessora Tsai Ing-wen. Durante o governo de Tsai Ing-wen, houve uma busca por uma maior aproximação com o ocidente, gerando reações contundentes por parte da China.
As manobras militares chinesas representam uma demonstração de força e uma resposta ao novo cenário político em Taiwan. A tensão entre a China e Taiwan persiste devido à reivindicação territorial de Pequim sobre a ilha, enquanto Taiwan continua a afirmar sua soberania e busca uma presença internacional mais ativa.
A movimentação militar intensificada na região levanta preocupações sobre a estabilidade no Estreito de Taiwan e destaca a necessidade de monitoramento contínuo das relações entre as duas entidades. A comunidade internacional observa de perto esses desenvolvimentos, atenta aos desdobramentos e às possíveis implicações para a segurança na região asiática.