As fortes chuvas que assolam o Estado do Rio Grande do Sul há mais de uma semana continuam a causar estragos, com um trágico balanço de mais de 100 mortes confirmadas e cerca de 130 pessoas ainda desaparecidas. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira (8), mais de 1,48 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma pelas inundações, das quais aproximadamente 163,8 mil estão desabrigadas.
Dos 497 municípios gaúchos, 425 foram impactados pelos temporais, o que representa 85% do total. O documento revela que cerca de 520,7 mil indivíduos precisaram ser evacuados devido às enchentes, demonstrando a gravidade da situação. A capital, Porto Alegre, é uma das regiões mais atingidas, com mais de 12 mil pessoas acolhidas em 124 abrigos provisórios administrados pelo município e por entidades parceiras.
Mesmo com a redução do nível do Rio Guaíba para 5,03 metros, ainda mais de dois metros acima da cota de inundação de 3 metros, a situação permanece crítica. De acordo com projeções do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, a recuperação total pode levar pelo menos 30 dias, evidenciando os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas.
Além da capital, outras cidades como Canoas, Eldorado do Sul, São Leopoldo, Cruzeiro do Sul, Pelotas, Rio Grande e Guaíba também sofreram severamente com as enchentes, resultando em ordens de evacuação e milhares de desalojados.
As autoridades continuam mobilizadas para prestar assistência às vítimas e minimizar os impactos das inundações, enquanto a população enfrenta uma das piores catástrofes naturais da história recente do Rio Grande do Sul.