Nesta terça-feira (17), um ataque aéreo de Israel teve como alvo Ayman Nofal, um dos comandantes da maior ala militar da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo palestino Hamas. Nofal também já havia ocupado o cargo de chefe da inteligência militar do Hamas.
O ataque que resultou na morte de Ayman Nofal ocorreu no campo de refugiados de Bureij. Segundo informações do Times of Israel, Nofal era conhecido por supervisionar o planejamento e a execução de diversos ataques contra alvos israelenses. Ele também foi ligado ao planejamento do sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, que ocorreu em 2006.
O Exército de Israel comunicou que, devido às funções desempenhadas por Ayman Nofal, ele havia dirigido muitos ataques terroristas contra Israel, incluindo forças de segurança, e havia escolhido alvos para os foguetes do Hamas, visando áreas povoadas por civis.
A brigada Izz el-Deen Al-Qassam, da qual Nofal era chefe, é a mais bem equipada na Faixa de Gaza e está diretamente vinculada ao Hamas. Fundada em 1991, a organização tem melhorado significativamente sua capacidade de mísseis e foguetes e realizou experimentos com drones e comandos subaquáticos nos últimos anos, conforme informações do think tank European Council on Foreign Relation.
Ayman Nofal era o chefe da brigada na área central de Gaza. A brigada Izz el-Deen Al-Qassam tem assumido a responsabilidade por diversos ataques contra civis israelenses, incluindo atentados suicidas. Mohammed Deif, o principal comandante da brigada, é o mentor dos ataques terroristas mais recentes e é conhecido por sua resiliência, apesar de ter perdido um braço e uma perna em um ataque aéreo há duas décadas. Ele se locomove de cadeira de rodas.
Na Faixa de Gaza, apesar de o território ser comandado pelo Hamas, vários grupos armados operam, e cada organização política palestina possui seu próprio grupo militar. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas na luta contra Israel, controla a segunda maior brigada na região, conhecida como al-Quds.
A morte de Ayman Nofal ressalta a tensão contínua na região e a complexidade do conflito entre Israel e o Hamas, com múltiplos grupos armados atuando na Faixa de Gaza.