O processo de julgamento que pode resultar na cassação do senador Sergio Moro (União – PR) teve um novo capítulo nesta segunda-feira (8) no Paraná. Durante a terceira sessão, o desembargador eleitoral Julio Jacob Junior solicitou vista do processo, adiando a decisão. A votação estava em andamento e registrava um placar de 3 a 1 pela não cassação do ex-juiz e atual senador da República.
Após o pedido de vista, o desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz antecipou seu voto, ampliando o placar contra a cassação de Moro. Ele era o sexto na fila de votação.
Até o momento, o placar mostra 3 votos a 1 em favor do senador, contra a cassação. Os votos favoráveis foram dados pelo relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, Cláudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz. A única posição contrária foi expressa pelo desembargador eleitoral José Rodrigo Sade. Ainda restam os votos de três ministros.
Se o senador Moro for cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não deixará imediatamente o cargo, pois sua defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a cassação seja confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher sua vaga no Senado. Além disso, ele poderá ficar inelegível por oito anos.
No primeiro dia do julgamento, ocorrido em 1º de abril, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação. Na sessão seguinte, em 3 de abril, o desembargador José Rodrigo Sade manifestou-se a favor da cassação.
Após um empate na votação, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu vista do processo para uma análise mais aprofundada, suspendendo temporariamente o julgamento. No entanto, nesta segunda-feira (8), ela votou com o relator contra a cassação. Restam ainda os votos de cinco magistrados para a conclusão do processo.