Desemprego em Novembro 2024 Cai ao Menor Nível da História
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, marcando o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Este resultado reflete avanços significativos no mercado de trabalho brasileiro e aponta para uma recuperação consistente da economia, mesmo diante de desafios econômicos globais.
Com uma redução em comparação ao trimestre encerrado em agosto (6,6%) e uma expressiva queda frente ao mesmo período de 2023 (7,5%), o índice alcança novos patamares e reafirma a tendência de melhora no emprego formal e informal.
Taxa de Desemprego em Queda Histórica
O mercado de trabalho brasileiro registrou um contingente de 6,8 milhões de desempregados no trimestre finalizado em novembro, uma queda de 7% em relação ao trimestre anterior (menos 510 mil pessoas) e de impressionantes 17,5% frente a novembro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). Este é o menor número de desempregados desde dezembro de 2014.
A força de trabalho totalizou 110,7 milhões de pessoas, um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 1,8% frente ao mesmo período de 2023. Esse aumento na força de trabalho reflete a confiança na economia e a ampliação de oportunidades de emprego em setores estratégicos.
Avanços no Emprego Formal e Informal
O destaque no mercado de trabalho ficou com os empregados na iniciativa privada, especialmente aqueles com carteira assinada, que atingiram 39,1 milhões, um recorde histórico. Paralelamente, os empregados sem carteira assinada somaram 14,4 milhões, representando uma alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 7,1% frente a 2023.
O setor informal, que inclui trabalhadores sem vínculo formal e autônomos, também atingiu números expressivos. Ao todo, 40,3 milhões de pessoas estavam em empregos informais, correspondendo a 38,7% do total de ocupados no país. Apesar disso, a taxa de informalidade foi ligeiramente inferior à registrada no trimestre anterior (38,8%) e no mesmo período do ano passado (39,2%).
Setores que Impulsionaram a Ocupação
Entre setembro e novembro, quatro grandes grupamentos de atividades puxaram o crescimento da ocupação:
- Indústria: Crescimento de 2,4%, com mais 309 mil pessoas empregadas.
- Construção: Alta de 3,6%, adicionando 269 mil trabalhadores.
- Setor público: Expansão de 1,2%, com mais 215 mil empregos em administração pública, saúde e educação.
- Serviços domésticos: Aumento de 3%, com mais 174 mil pessoas empregadas.
Juntas, essas áreas adicionaram quase 1 milhão de novos empregos ao mercado de trabalho no período analisado.
Recorde na Renda Média e Massa Salarial
Outro fator que reforça a recuperação do mercado de trabalho é o aumento na renda média e na massa de rendimentos. A renda média do trabalhador avançou 0,7% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.285. Já a massa de rendimentos foi recorde, somando R$ 332,7 bilhões, um crescimento de 2,1% frente ao trimestre anterior e de 7,2% em relação a 2023.
Esse aumento na massa salarial reflete não apenas o crescimento do emprego, mas também uma maior valorização das ocupações formais e informais.
Redução de Subocupação e Desalento
A população desalentada – pessoas que desistiram de procurar emprego – caiu para 3 milhões, o menor número desde abril de 2016. A subutilização da força de trabalho, que engloba desempregados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial, foi de 15,2%, a menor desde 2014.
Além disso, a população subocupada por insuficiência de horas caiu para 5,1 milhões, representando uma redução de 6,6% em relação ao mesmo período de 2023.
Perspectivas para 2025
Os resultados de novembro consolidam o ano de 2024 como um marco na recuperação do mercado de trabalho brasileiro. A combinação de empregos formais e informais em expansão, renda média crescente e redução dos índices de subocupação projeta um cenário positivo para 2025.
Com setores como indústria e construção em alta, aliados a políticas públicas que incentivam a formalização e a capacitação, o mercado de trabalho tende a continuar sua trajetória de crescimento sustentável.