Nos últimos dias, os dados de inflação, particularmente nos Estados Unidos, têm influenciado as projeções econômicas globais, levando a uma reavaliação do início do ciclo de cortes de juros nos EUA. Diante desse cenário, a Empiricus realizou ajustes em seus cenários para 2024, mantendo, no entanto, sua tese de investimentos intacta, conforme explicou a analista Larissa Quaresma.
A expectativa da Empiricus é que o início do ciclo de cortes de juros nos EUA impulsione o fluxo financeiro em direção à bolsa brasileira. No entanto, os dados recentes de inflação nos EUA, acima das expectativas, geraram uma reflexão sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Larissa Quaresma esclarece que as últimas semanas trouxeram mudanças significativas no cenário, adiando o início do corte de juros para o final do ano. Anteriormente, a projeção era para junho, mas agora, com os dados de inflação, prevê-se o início do corte após as eleições, em novembro.
A analista destaca que os investidores, especialmente os do mercado de ações, operam com base em expectativas, buscando antecipar eventos futuros. Assim, embora haja ajustes na intensidade e no timing, a tese de investimentos permanece a mesma.
A carteira da Empiricus mantém cerca de 40% de exposição à bolsa brasileira, com foco em empresas consideradas sensíveis ao ciclo econômico e de juros, especialmente as cíclicas. Além disso, há exposição em ouro e dólar, e um olhar atento para o setor de varejo, com investimentos em empresas de alta qualidade como Grupo SBF, Arezzo e Mercado Livre, e no setor de construção civil, com apostas em Cyrela e Direcional.
No setor financeiro, a Empiricus vê oportunidades na B3 e na Stone, esta última destacada pelo crescimento claro e factível, governança melhorada e valuation razoável.
Na renda fixa, a empresa mantém aproximadamente 40% de exposição. Os ajustes refletem a busca por uma estratégia alinhada com as mudanças no cenário econômico global, mantendo a consistência com a visão de longo prazo da Empiricus.