Em meio às complexidades da política internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um novo desafio na América do Sul, agora mais próximo de casa. A situação entre Venezuela e Guiana coloca o Brasil no epicentro de uma disputa que envolve potências mundiais.
No início de seu mandato, Lula tentou mediar a guerra entre Rússia e Ucrânia, tomando decisões que agora reverberam de maneira desafiadora. Sua compreensão aparentemente parcial em relação à Rússia e sua atuação como mediador sem o poder necessário foram criticadas, revelando uma superestimação e um papel questionável na política internacional.
O apoio de Lula à tese de que a Rússia deveria manter territórios na Ucrânia por razões históricas, como a Crimeia, agora se volta contra ele. A Venezuela, inspirada por argumentos semelhantes, reivindica dois terços do território da Guiana e ameaça anexá-los. Lula, que fortaleceu Maduro ao apresentá-lo como democrata em uma reunião sul-americana, agora enfrenta uma situação delicada.
O conflito na América do Sul envolve os Estados Unidos, apoiando a Guiana, e a Rússia, do lado da Venezuela. Com Putin transformando a Venezuela em uma potência militar e a China atuando nos bastidores, Lula se vê no centro de um problema de política externa crucial.
A nova geopolítica mundial chegou à América do Sul, e o subcontinente não é mais à margem das disputas de poder globais. Lula, que planejava focar na política interna em 2024 após visitar 24 países, agora enfrenta um cenário alterado e desafiador.