A FTX Trading, envolvida em um complexo caso de recuperação judicial após ser vítima de fraude e seu fundador, Sam Bankman-Fried, condenado por orquestrar uma fraude massiva, revelou sua mais recente proposta para devolver bilhões de dólares a clientes e credores. O anúncio marca o início de uma rodada final de possíveis disputas sobre a melhor maneira de encerrar o processo.
O plano de reorganização, contudo, deixa questões cruciais sem resposta, gerando incertezas sobre se a FTX retomará suas operações de exchange de criptomoedas. Além disso, há dúvidas sobre como a empresa estimará o valor de alguns tokens digitais em seu poder e qual será a expectativa de retorno para os credores.
A proposta será submetida aos credores para votação no próximo ano, possivelmente com detalhes adicionais, antes de ser apresentada ao juiz de falências dos EUA, John Dorsey, para aprovação final.
Os principais grupos de credores e clientes envolvidos no caso do Capítulo 11 concordaram com as linhas gerais do plano, que inclui a distribuição de bilhões de dólares em dinheiro após a liquidação de grande parte das criptomoedas da empresa.
O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi condenado no mês passado por sua participação na fraude que levou ao colapso da plataforma FTX. A empresa entrou com o pedido de recuperação no ano passado, quando Bankman-Fried cedeu o controle a profissionais de reestruturação.
Desde então, consultores têm trabalhado na identificação de ativos e na resolução de uma complexa teia de dívidas com diversos credores, incluindo clientes que depositaram dinheiro e tokens cripto na plataforma de negociação.
O desfecho do caso, registrado como FTX Trading Ltd., 22-11068, no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware, permanece aguardando a aprovação final do juiz Dorsey, enquanto a comunidade financeira aguarda as próximas etapas desse processo em andamento.