A Gol comunicou que, para o período de três meses encerrado em junho, prevê prejuízo por ação de cerca de R$ 1,05, segundo dados preliminares e não auditados divulgados nesta quinta-feira (13). Ainda de acordo com a companhia área, a margem do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) no trimestre está estimada em aproximadamente 21%.
A receita unitária de passageiros (PRASK, na sigla em inglês) da Gol esperada para o segundo trimestre é cerca de 9% maior em comparação com o segundo trimestre de 2022, impulsionado pela redução na oferta em 8% em relação ao trimestre anterior, diz a empresa em atualização ao investidor sobre as expectativas para o período.
A receita unitária total (RASK) aumentou aproximadamente 12% em comparação com o ano anterior, com apoio do aumento de receita de carga, que mais do que dobrou sua receita comparativamente ao segundo trimestre de 2022, e do programa de fidelidade Smiles, que registrou crescimento de cerca de 30% no mesmo período comparativo.
O custo unitário, excluindo combustível e aeronaves dedicadas a cargas (CASK) deve ficar estável em relação ao segundo trimestre do ano passado, principalmente devido a maiores despesas com peças de estoque e custos de devolução de aeronaves no período, compensada pelo aumento da oferta (ASK) em 14% ante o ano anterior, com demanda (RPK) cerca de 13% maior.
Os custos unitários com combustível (CASK combustível) devem ter redução de 18% em comparação com o mesmo intervalo de 2022, devido à queda do preço médio do querosene de aviação (QAV) em cerca de 19%. Esse número foi equilibrado pela redução da etapa média, de modo que o custo unitário total deve ter queda de 7% em base anual.
A alavancagem financeira, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em um múltiplo de aproximadamente 7,2 vezes ao final de junho, uma redução de 2,2 vezes ante o quarto trimestre de 2022 (ou 5,3 vezes conforme o IFRS-16). A liquidez total estimada no final do trimestre é de R$ 4,1 bilhões.