Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância da redução da taxa Selic realizada pelo Banco Central em agosto como uma medida de extrema relevância para o atual panorama econômico. Haddad ressaltou que a ausência dessa redução teria deixado uma incerteza significativa pairando sobre o cenário econômico, especialmente em relação aos meses de abril, maio e junho, que foram marcados por uma alta tensão em relação à autoridade monetária. O Comitê de Política Monetária (Copom) optou por um corte de 0,5 ponto percentual na taxa.
Durante uma entrevista veiculada nesta segunda-feira, o ministro Haddad enfatizou que havia motivos substanciais que respaldavam a decisão de redução dos juros. Ele sublinhou a necessidade de manter um olhar crítico sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, alertando que esse crescimento foi impulsionado pelo setor agrícola e não refletia a totalidade do quadro econômico. O principal objetivo do governo, segundo o ministro da Fazenda, é manter uma taxa de juros baixa, evitando, assim, uma eventual retomada da inflação.
Haddad destacou que as condições favoráveis para a redução da Selic já estavam presentes anteriormente e a desaceleração econômica que ocorreu nos últimos tempos não foi acompanhada por uma correspondente redução nas taxas de juros. Esse descompasso foi discutido pelo ministro durante a entrevista, sublinhando a necessidade de alinhamento entre as medidas econômicas e as condições do mercado.
O posicionamento do ministro da Fazenda reflete a busca contínua por estratégias que possam fortalecer e estabilizar a economia do país, tendo em vista as complexas interações entre políticas monetárias, crescimento econômico e inflação.