Ibovespa hoje: agenda esvaziada após semana intensa de juros e petróleo
O Ibovespa hoje amanhece em clima mais calmo após uma semana marcada por fortes oscilações nos mercados internacionais e locais. O corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e a manutenção da Selic no Brasil trouxeram volatilidade ao mercado, mas a sexta-feira (19) apresenta agenda econômica esvaziada, dando espaço para investidores consolidarem posições.
Desempenho do Ibovespa no último pregão
Na quinta-feira (18), o Ibovespa encerrou em leve queda de 0,06%, aos 145.499 pontos, depois de ter renovado máximas consecutivas nos últimos dias. O movimento de baixa foi puxado pela desvalorização do petróleo, que impactou diretamente as ações da Petrobras (PETR4).
Durante a sessão, o índice variou entre a máxima de 145.726 pontos e a mínima de 144.993 pontos, com volume financeiro de R$ 22,78 bilhões. Apesar da queda pontual, analistas avaliam que o mercado segue em trajetória positiva, sustentado pelo otimismo com a política monetária global.
Nos EUA, o ETF iShares MSCI Brazil (EWZ), que reflete o desempenho da Bolsa brasileira em Nova Iorque, sobe 1,07% no pré-mercado, cotado a US$ 31,15. Esse movimento indica percepção positiva dos investidores estrangeiros sobre os ativos nacionais.
Petróleo em queda e impacto no mercado
O petróleo, peça-chave para o desempenho da Petrobras e, consequentemente, do Ibovespa hoje, segue pressionado. O Brent é negociado em torno de US$ 67 por barril, enquanto o WTI recua para US$ 62,97.
A queda do petróleo reflete preocupações com a desaceleração da demanda global e excesso de oferta, fatores que permanecem no radar dos investidores. Para o Brasil, o movimento tem peso adicional por impactar receitas de exportação e a balança comercial.
Criptomoedas: volatilidade persiste
Entre os criptoativos, a tendência também é de ajuste. O bitcoin recua 0,60%, cotado a US$ 116.554, enquanto o ethereum cai 1,20%, negociado a US$ 4.529. A oscilação acompanha a redução do apetite por risco global e a expectativa de maior regulação no setor.
Especialistas lembram que, apesar da correção, as criptomoedas continuam em patamar elevado, sendo consideradas um dos principais ativos de diversificação no cenário internacional.
Agenda econômica de sexta-feira (19)
Com o calendário de indicadores mais esvaziado, os investidores acompanham pontualmente algumas divulgações:
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00h – Japão: decisão de taxa de juros.
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03h – Reino Unido: vendas no varejo.
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03h30 – Japão: coletiva de imprensa do Banco do Japão (BoJ).
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07h – Zona do Euro: encontro do Eurogrupo.
No Brasil, a agenda política ganha espaço:
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11h: Encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Kaja Kallas, Alta Representante da União Europeia para Relações Exteriores, no Palácio da Alvorada.
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11h30: reunião com Márcio Macêdo, Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não divulgou compromissos oficiais até o momento. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, cumpre despachos internos em São Paulo.
Bolsas internacionais
Ásia
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Japão (Nikkei): -0,57%
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Hong Kong (Hang Seng): estável
Europa
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Londres (FTSE100): +0,01%
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Frankfurt (DAX): -0,23%
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Paris (CAC 40): +0,23%
EUA – Futuros de Wall Street
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Nasdaq: +0,08%
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S&P 500: +0,03%
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Dow Jones: -0,05%
A leitura dos mercados externos mostra um cenário de cautela, mas sem grandes movimentos, em linha com a agenda mais leve desta sexta-feira.
Perspectivas para o Ibovespa hoje
O Ibovespa hoje deve seguir em compasso de espera, consolidando ganhos recentes. Com a ausência de dados relevantes no Brasil e no exterior, o comportamento das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, deve ditar o ritmo da Bolsa.
Além disso, o fluxo estrangeiro continua sendo fator de suporte para o índice, diante da percepção de que ativos brasileiros oferecem boas oportunidades no contexto de juros mais baixos globalmente.
A sexta-feira (19) tende a ser marcada por baixa volatilidade no Ibovespa hoje, após uma semana intensa de decisões monetárias e oscilações no petróleo. O mercado deve buscar equilíbrio, acompanhando de perto os próximos passos da política econômica nos EUA, no Brasil e na Europa.
Para investidores, o momento é de atenção às movimentações externas e de avaliação de ativos que podem se beneficiar desse ambiente de ajustes.






