Nesta sexta-feira, o Ibovespa iniciou suas operações em alta de 0,15%, atingindo os 124.377 pontos. No entanto, os olhares dos investidores estão voltados para os conflitos no Oriente Médio e sua possível influência sobre o mercado de petróleo, o que poderia afetar os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) na Bolsa.
A cautela nos mercados internacionais se intensificou após um ataque realizado por Israel contra uma base militar no Irã. Autoridades dos Estados Unidos relataram à rede ABC News que as explosões foram causadas por mísseis israelenses, desencadeando preocupações sobre uma escalada nas hostilidades entre os dois países.
O preço do petróleo, um dos principais ativos afetados por essas tensões geopolíticas, registrou uma queda nesta manhã, após autoridades de Teerã afirmarem que nenhuma instalação nuclear no país foi danificada. Na quinta-feira, o petróleo havia subido 4% com relatos de explosões na cidade de Isfahan, no sul do Irã.
Em meio a esses acontecimentos, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou em reunião com o Conselho de Administração que ainda não há um movimento consistente e agudo pressionando os preços do petróleo e dos combustíveis, apesar da nova onda de tensões no Oriente Médio. Segundo Prates, “aparentemente os mercados já precificaram esses movimentos”.
Além disso, o mercado futuro da Dalian Commodity Exchange indicou uma queda de 0,34% no contrato mais negociado do minério de ferro para setembro de 2024, cotado a 871 yuans por tonelada, equivalente a US$ 120,33, na manhã desta sexta-feira. Essa queda também pode impactar os ativos da Vale (VALE3) no mercado.
As tensões no Oriente Médio continuam a ser um ponto de atenção para os investidores, que monitoram de perto os desdobramentos desses conflitos e seu potencial impacto nos mercados globais. A volatilidade persiste e a cautela é a palavra de ordem para os operadores, enquanto aguardam novas informações e desenvolvimentos geopolíticos.