Os números divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira revelam um panorama tranquilizador para a economia brasileira, com a inflação mensal subindo para 0,38% em abril, em comparação com os 0,22% registrados em março. Embora haja um aumento significativo, a taxa ainda está dentro do intervalo permitido da meta de inflação, estabelecido entre 3% e 4,5%, com uma margem de tolerância de 1,5%.
A inflação anualizada do país, medida pelo IPCA, caiu de 3,93% em março para 3,69% em abril, marcando a taxa mais baixa desde junho de 2023, quando estava em 3,16%. Esse declínio é particularmente significativo, pois representa o sétimo mês consecutivo de desaceleração da inflação no Brasil, refletindo uma tendência positiva para a estabilidade econômica do país.
O grupo de saúde e cuidados pessoais foi o principal responsável pelo aumento da inflação em abril, com um avanço de 1,16% no mês. Esse aumento foi impulsionado pelo reajuste de 4,5% nos preços dos medicamentos, que entrou em vigor em 31 de março. Destacam-se os aumentos nos preços de produtos farmacêuticos, como antidiabéticos, anti-infecciosos e hipotensores.
No setor de alimentação e bebidas, houve um aumento de 0,70% em abril, com aumentos significativos nos preços de itens como mamão, cebola, tomate e café moído. No entanto, o grupo de habitação registrou uma deflação de 0,01%, principalmente devido à queda nos preços da energia elétrica residencial.
No que diz respeito aos transportes, os combustíveis apresentaram aumento de preços, com destaque para o etanol, gasolina e óleo diesel.
É importante destacar que a inflação anualizada permanece dentro da meta estabelecida pelo governo, o que sugere uma gestão eficaz da política monetária e uma base sólida para a recuperação econômica. Essa estabilidade proporciona um ambiente favorável para investimentos e crescimento, fortalecendo a confiança dos consumidores e empresários no futuro da economia brasileira.