A Sol, empresa brasileira de telecomunicação e IoT especializada no agronegócio, está prestes a atingir um marco significativo ao levar internet a 15% da área agrícola do Brasil até o final de 2023. Com quase três anos de existência, a empresa alcançou uma cobertura de 12 milhões de hectares, abrangendo 63 mil propriedades rurais, dos 78,8 milhões cultivados com grãos no país.
Embora mantenha confidencial o nome do cliente, a Sol revela ter fechado um contrato crucial para a instalação de 100 novas torres de telecomunicação em áreas agrícolas. Esse acordo impulsionará a infraestrutura de internet dedicada ao agronegócio para 450 torres. A distribuição dessas torres se divide principalmente entre as regiões Centro-Oeste (50%), Sudeste (25%), Sul (12,5%) e Norte (12,5%).
Hoje, o sinal gerido pela startup atende 63 mil propriedades rurais, incluindo grandes grupos como Amaggi, Scheffer, Bom Futuro e Girassol. Além disso, recentemente, anunciou uma parceria com a Tereos, expandindo suas operações nas áreas das usinas para 17 torres.
A Sol, parte do Grupo RZK, liderado pelo empresário José Ricardo Rezek, surgiu em dezembro de 2020 como uma resposta à identificação de uma lacuna na conectividade no campo. A startup, nascida de uma oportunidade interna, aproveita a experiência da holding, que possui mais de 100 mil hectares de terras e é um dos principais concessionários de máquinas John Deere através da Primavera Máquinas. Além do agronegócio, o Grupo RZK atua em mídia, geração e comercialização de energia, e concessões.
Rodrigo Oliveira, CEO da Sol, explicou que a empresa atua como intermediária entre as empresas de telecomunicação e o campo, superando não apenas as limitações de conectividade, mas também as barreiras na gestão de dados. “A falta de conectividade sempre foi uma barreira, mas não é a única quando se fala em gestão de dados”, afirmou Oliveira.
Ao superar esses desafios, a Sol agora se prepara para dar o próximo passo no setor financeiro. No primeiro trimestre de 2024, a empresa planeja lançar um MVP (Minimum Viable Product) de um seguro de financiamento para o agronegócio, sendo o primeiro produto do gênero respaldado por dados do setor. “Já estamos em conversas adiantadas com um banco privado e uma seguradora”, revelou Oliveira.
Com o avanço da conectividade e a geração de dados em tempo real, a Sol se posiciona para impulsionar ainda mais a eficiência e a inovação no agronegócio brasileiro. O próximo capítulo, envolvendo parcerias financeiras, promete fortalecer ainda mais a presença da empresa no cenário agrícola nacional.
