O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou um lucro líquido gerencial recorrente de R$ 9,040 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de 11,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este resultado foi divulgado através do balanço publicado nesta segunda-feira (6).
De acordo com as informações divulgadas, o banco destacou um avanço nas receitas, juntamente com uma melhoria na qualidade de crédito, mantendo a inadimplência estável em termos trimestrais. Comparado a outros bancos do setor privado, o Itaú tem apresentado um desempenho superior, especialmente devido ao perfil de crédito de maior qualidade que mantém.
Durante o trimestre, o Itaú enfrentou um impacto negativo de R$ 1,212 bilhão decorrente da venda do Itaú Argentina, finalizada na semana anterior com o pagamento de US$ 50 milhões pelo Macro, instituição do país vizinho que adquiriu a operação. É importante ressaltar que o lucro recorrente não considera esse impacto nos resultados.
No que se refere ao terceiro trimestre, a carteira de crédito do banco expandiu-se em 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 1,163 trilhão, impulsionada pelo segmento de grandes empresas, que cresceu 7,3% no mesmo período. A inadimplência acima de 90 dias aumentou 0,2 ponto percentual no mesmo intervalo, alcançando 3%.
Milton Maluhy, presidente do Itaú, destacou que os resultados refletem a transformação da cultura e do ambiente de trabalho do banco. Ele mencionou que o indicador de satisfação dos colaboradores, o e-NPS (employee net promoter score), atingiu seu ponto mais alto na história da instituição.
Além disso, Alexsandro Broedel, diretor financeiro do Itaú, ressaltou que a rentabilidade do banco foi mantida através do crescimento das receitas e da carteira de crédito. Ele enfatizou a estabilidade nos índices de atraso, a diminuição do custo do crédito e a conquista de 39,8% de índice de eficiência nos últimos nove meses, o melhor nível da história do Itaú Unibanco.
No balanço divulgado, observou-se que a margem do banco com clientes, representando os ganhos gerados pelas operações de crédito, cresceu 9,3% em um ano, totalizando R$ 25,559 bilhões, um número 2,5% superior ao do segundo trimestre. O Itaú atribuiu esse aumento ao maior volume de crédito e à maior quantidade de dias corridos.
Quanto à tesouraria, a margem com mercado do Itaú atingiu R$ 715 milhões, refletindo um aumento de 38,6% em um ano, porém, uma queda de 33,1% em um trimestre. Essa seção contabiliza as exposições do Itaú no mercado brasileiro, incluindo os juros, além de envolver a proteção cambial realizada pelo banco sobre o capital alocado nas operações na América Latina.
O banco encerrou o terceiro trimestre com R$ 2,678 trilhões em ativos totais, representando um aumento de 10,6% em um ano e 3,6% em um trimestre, segundo o balanço. Houve crescimentos nas aplicações interfinanceiras de liquidez e nas carteiras de títulos de valores mobiliários.
O patrimônio líquido do Itaú atingiu R$ 174,042 bilhões em setembro, marcando um aumento de 10,7% em relação ao ano anterior e 2,9% superior ao observado em dezembro de 2022. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Itaú alcançou 21,1%, mostrando um acréscimo de 0,1 ponto percentual em um ano e de 0,2 ponto em um trimestre.
Este desempenho reforça a posição do Itaú como um dos líderes no setor bancário, demonstrando seu compromisso em oferecer resultados consistentes e sustentáveis, além de sua constante busca por inovação e eficiência para atender às demandas do mercado e manter-se como uma das melhores empresas para se trabalhar no país.