O ex-deputado federal e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, retornou ao Congresso Nacional pela primeira vez em 19 anos, após sua cassação em 2005. Condenado pelos escândalos do mensalão e da Operação Lava Jato, Dirceu participou de uma cerimônia especial no Senado em memória dos 60 anos do golpe de 1964 e em defesa da democracia, realizada nesta terça-feira, 2.
Durante o discurso no Senado, Dirceu relembrou o dia em que perdeu seu cargo, há 19 anos, e quase recusou o convite feito pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), por conta desse episódio.
Condenado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa no mensalão, e posteriormente envolvido na Operação Lava Jato, Dirceu defendeu a importância do Legislativo discutir o papel das Forças Armadas e promover uma “democracia social” com redistribuição de renda.
Apesar de inelegível pela Lei da Ficha Limpa, Dirceu planeja retornar à política, buscando uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Sua defesa entrou com uma petição no STF para anular suas condenações na Lava Jato, e ele busca o apoio do PT para permanecer ativo na política nacional.