O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos organizadores da manifestação bolsonarista que será realizada no feriado de 7 de Setembro na Avenida Paulista, afirmou que faixas pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estão “liberadíssimas” no evento.
Mudança de Postura em Relação à Última Manifestação
Na última manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, realizada em fevereiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) orientou os apoiadores a não levarem faixas contra o ministro do Supremo. Na época, Bolsonaro estava sob pressão devido às investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022. Agora, a situação se inverteu, e o alvo principal é o ministro Alexandre de Moraes.
Pressão Sobre Moraes
A pressão sobre Moraes aumentou após a revelação do jornal Folha de S.Paulo de que ele usou o aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora do rito para embasar decisões contra bolsonaristas. A crise recentemente escalou com a tensão entre o magistrado e o bilionário Elon Musk, culminando na suspensão da rede social X (antigo Twitter).
Foco Exclusivo no Impeachment
Sóstenes Cavalcante, que também participou da organização do ato de fevereiro, afirmou que o impeachment de Alexandre de Moraes será o “único foco” da manifestação do próximo sábado. Essa declaração reflete a intensificação das críticas ao ministro por parte dos aliados do ex-presidente Bolsonaro.
Presença de Autoridades
A lista de parlamentares do Congresso Nacional presentes no palanque de Bolsonaro está sendo elaborada pelo deputado Sóstenes. Integrantes do núcleo duro do bolsonarismo na Câmara, como Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), já confirmaram presença. Além disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também devem comparecer à manifestação.
Programação e Organização
A programação da manifestação e a lista de autoridades que vão discursar no trio elétrico serão definidas na véspera do ato após uma reunião entre Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. O líder religioso foi o responsável pela produção do ato de fevereiro e é um dos organizadores do evento do próximo sábado.