Mais da metade das empresas brasileiras esperam contratar no último trimestre de 2025
O mercado de trabalho brasileiro encerra 2025 com um cenário promissor. Segundo a pesquisa “Expectativa de Emprego – Q4 2025”, divulgada pelo Manpower Group, mais da metade das empresas do país pretendem contratar novos profissionais entre outubro e dezembro. O levantamento mostra que 53% dos empregadores projetam ampliar seus quadros, evidenciando uma tendência positiva de recuperação e confiança empresarial.
O Brasil aparece em 3º lugar no ranking global de expectativa líquida de emprego, com índice de 36%, atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos e da Índia. Esse resultado representa uma alta de três pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, consolidando o país entre os mais otimistas do mundo em relação à geração de empregos.
Esses números reforçam a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, mesmo diante das incertezas econômicas e dos desafios impostos por transformações tecnológicas e estruturais.
Setores com maior intenção de contratação no Brasil
De acordo com o relatório, o setor financeiro e imobiliário lidera o ranking nacional, com 46% das empresas manifestando intenção de contratar. Esse segmento foi impulsionado pela retomada dos investimentos, crescimento da construção civil e expansão do crédito.
Em seguida, aparecem transporte, logística e automotivo (42%), que continuam aquecidos pelo aumento da demanda no comércio eletrônico e pela recuperação da indústria automotiva. O setor de tecnologia da informação (41%) ocupa a terceira posição, impulsionado pela digitalização de processos, inteligência artificial e segurança cibernética.
Esses dados demonstram que o mercado de trabalho brasileiro está se reconfigurando. A busca por profissionais especializados em áreas estratégicas e tecnológicas reflete um novo perfil de empregabilidade, voltado à inovação, produtividade e transformação digital.
São Paulo, Paraná e Minas Gerais se destacam na geração de empregos
A pesquisa também aponta que as empresas da cidade de São Paulo apresentaram aumento expressivo na intenção de contratação, subindo de 32% para 42% neste último trimestre. O desempenho da capital paulista reflete a recuperação do setor de serviços e o fortalecimento de empresas de tecnologia e finanças.
Os estados do Paraná (41%) e Minas Gerais (39%) também mostraram perspectivas positivas, impulsionados por investimentos regionais e expansão de indústrias locais.
O crescimento regional reforça que o mercado de trabalho brasileiro vem se descentralizando, com novas oportunidades emergindo fora do eixo Rio-São Paulo, especialmente em polos de inovação, agronegócio e indústria leve.
Motivos que impulsionam as contratações no Brasil
Entre as principais razões citadas pelas empresas para aumentar seus quadros de colaboradores estão:
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Crescimento do negócio (42%), indicando confiança nas perspectivas de expansão econômica.
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Necessidade de expertise tecnológica (31%), que reflete a corrida por profissionais qualificados em novas ferramentas digitais.
Por outro lado, os principais fatores apontados por empregadores que preveem reduções são:
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Incerteza econômica (35%)
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Mudanças de mercado (29%)
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Reestruturação de equipes (27%)
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Automação de funções (22%)
Esses dados revelam que o mercado de trabalho brasileiro enfrenta uma transformação estrutural. As empresas estão se adaptando a novas tecnologias, reavaliando custos e buscando profissionais capazes de integrar produtividade e inovação.
Panorama global e posição do Brasil
No cenário internacional, o relatório mostra que 38% das empresas no mundo planejam contratar, enquanto 15% pretendem reduzir o quadro e 45% manterão o mesmo número de colaboradores. A expectativa líquida global é de 23%, uma leve queda em comparação ao trimestre anterior (24%).
As regiões mais otimistas são a Ásia-Pacífico (30%), seguida pelas Américas (25%) e Europa e Oriente Médio (18%).
O Brasil, com seus 36% de expectativa líquida de emprego, aparece como 3º país mais otimista do mundo, atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos (45%) e da Índia (40%).
Em contrapartida, países como Argentina (5%) e Hong Kong (6%) mostram intenções de contratação bastante enfraquecidas, refletindo instabilidades políticas e econômicas.
Esse posicionamento reforça o potencial do mercado de trabalho brasileiro em meio ao contexto global e demonstra como o país vem atraindo investidores e empresas dispostas a ampliar suas operações.
O papel das micro e pequenas empresas (MPEs) na geração de empregos
Segundo levantamento do Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 84,5% das contratações realizadas em agosto de 2025 foram feitas por micro e pequenas empresas (MPEs).
Essas empresas criaram 147,3 mil novos postos de trabalho no mês, mostrando que são o verdadeiro motor do mercado de trabalho brasileiro.
O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 62,5 mil contratações, seguido pelo comércio (30,3 mil) e construção civil (21 mil).
A força das MPEs confirma a importância de políticas públicas voltadas para crédito acessível, inovação e capacitação profissional. Elas são responsáveis por sustentar a base da economia e pela criação de empregos formais em todo o país.
Transformação digital e automação: oportunidades e desafios
A automação de funções, apontada por 22% das empresas como motivo para redução de pessoal, também é um dos principais vetores de transformação. Embora elimine algumas funções tradicionais, a tecnologia cria novas demandas em áreas como programação, análise de dados, cibersegurança e inteligência artificial.
O mercado de trabalho brasileiro precisa se preparar para esse novo cenário. O investimento em qualificação profissional e educação tecnológica se torna essencial para que os trabalhadores se mantenham competitivos.
Empresas que souberem equilibrar automação e valorização humana tendem a se destacar, reduzindo custos sem perder produtividade e inovação.
A importância da qualificação profissional no novo ciclo de contratações
Com a crescente demanda por profissionais especializados, a educação técnica e tecnológica assume papel estratégico na retomada do emprego.
A necessidade de expertise citada por 31% dos empregadores reflete o descompasso entre as exigências do mercado e a formação disponível no país. Programas de requalificação e parcerias entre o setor privado e instituições de ensino serão fundamentais para sustentar o avanço do mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos.
O foco está em competências digitais, gestão de projetos, liderança, atendimento ao cliente e pensamento crítico, habilidades que vêm sendo cada vez mais valorizadas em processos seletivos.
Perspectivas para o quarto trimestre de 2025
Com um cenário de otimismo cauteloso, o mercado de trabalho brasileiro deve continuar aquecido até o final de 2025, especialmente em setores como tecnologia, finanças, agronegócio e serviços.
A tendência é de que as empresas mantenham o ritmo de contratações, acompanhadas de ajustes pontuais de reestruturação e automação.
Além disso, a expectativa é que as micro e pequenas empresas continuem sendo protagonistas na geração de empregos formais, reforçando a importância do empreendedorismo e da inovação local.
Confiança e retomada do mercado de trabalho brasileiro
Os números da pesquisa “Expectativa de Emprego – Q4 2025” revelam que o mercado de trabalho brasileiro vive um momento de confiança renovada. Com mais da metade das empresas planejando contratar e uma das maiores expectativas líquidas de emprego do mundo, o país mostra sinais claros de recuperação.
O otimismo é sustentado por fatores como expansão econômica, investimento em tecnologia e fortalecimento das pequenas e médias empresas.
Apesar dos desafios da automação e das incertezas econômicas, o Brasil consolida sua posição como um dos mercados mais promissores para geração de empregos no cenário global.
O quarto trimestre de 2025 promete ser um marco para o mercado de trabalho brasileiro, impulsionando a economia e abrindo novas oportunidades para profissionais em todas as regiões e setores.






