O mercado financeiro brasileiro permanece otimista em relação ao crescimento econômico do país para este ano, mantendo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 2%. De acordo com o boletim Focus divulgado hoje (30) pelo Banco Central (BC), a estimativa para o fechamento do PIB em 2024 é de 2,02%, um leve aumento em relação às projeções anteriores.
O boletim Focus, que reúne as previsões de economistas e analistas de mercado consultados pelo BC, também indica estabilidade nas projeções de crescimento para os anos seguintes. Para 2025, 2026 e 2027, o mercado prevê um crescimento do PIB de 2%, mantendo a mesma projeção das últimas 20 semanas.
Além disso, o boletim manteve as projeções de inflação, câmbio e taxa Selic inalteradas em relação à semana passada. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano é de 3,73%, dentro do intervalo de meta de inflação estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para os próximos anos, a previsão é de estabilidade na inflação, com índices próximos à meta do CMN.
Em relação à taxa Selic, o mercado projetou uma leve redução para o final deste ano, com a taxa básica da economia estimada em 9,5%. No entanto, os analistas acreditam que o ritmo de queda dos juros deve diminuir, refletindo uma postura mais cautelosa do Banco Central. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para os dias 7 e 8 de maio, e espera-se que o Copom mantenha uma abordagem prudente em relação aos cortes na Selic.
Quanto ao câmbio, o boletim Focus prevê um aumento gradual do dólar em relação ao real nos próximos anos. Para 2024, a projeção é de que o dólar feche o ano em R$ 5,00, aumentando para R$ 5,05 em 2025, R$ 5,10 em 2026 e mantendo-se em R$ 5,10 em 2027.
Essas projeções refletem a confiança do mercado financeiro na recuperação econômica do Brasil, embora existam incertezas e desafios a serem enfrentados, tanto em nível doméstico quanto internacional. Os investidores continuarão monitorando de perto os indicadores econômicos e as políticas do governo e do Banco Central para orientar suas decisões de investimento e estratégias financeiras.