O Ministério da Saúde anunciou uma mudança no esquema de vacinação contra a poliomielite no Brasil. A partir deste ano, a dose de reforço da vacina contra a poliomielite, conhecida como ‘gotinha’ ou VOP, será substituída gradativamente pela versão inativada, a VIP, que é aplicada por injeção intramuscular. A VIP já é utilizada nas três primeiras doses do esquema de imunização desde 2012 e, agora, estará disponível também para a dose de reforço, aplicada aos 15 meses de vida. Com essa mudança, a segunda dose de reforço, administrada aos quatro anos, será eliminada.
A vacina oral contra a poliomielite, conhecida como VOP, foi introduzida no Brasil na década de 1960 e desempenhou um papel fundamental no controle da doença. No entanto, a VOP é composta por vírus vivos atenuados e, em situações extremamente raras de baixa cobertura vacinal, pode causar casos de vírus derivado da vacina. Por isso, a mudança para a vacina intramuscular, VIP, em 2012, foi uma medida de segurança para evitar esses casos.
A decisão de substituir a vacina oral pela injetável na dose de reforço faz parte do planejamento de longo prazo do programa de erradicação da poliomielite. Países desenvolvidos, como os Estados Unidos, já adotam apenas a vacina inativada em seus calendários de vacinação. A mudança também visa aumentar a adesão da população às campanhas de vacinação e garantir uma imunização adequada contra a poliomielite.
A vacinação contra a poliomielite é fundamental para evitar o retorno da doença, que pode ocorrer em situações de baixa cobertura vacinal. A população deve estar atenta às orientações do Ministério da Saúde e buscar a imunização de acordo com o calendário vacinal.